Juiz agenda coleta de material genético para desvendar estupro coletivo de 2015

Processo decorrente de crime ocorrido em Dourados poderá ter desfecho judicial após a conclusão de laudo comparativo com amostra coletada na vítima

Réus estão presos desde 2015, quando aconteceu crime e processo ainda não foi julgado (Foto: Divulgação/TJ-MS)
Réus estão presos desde 2015, quando aconteceu crime e processo ainda não foi julgado (Foto: Divulgação/TJ-MS)

O juiz Marcus Vinicius de Oliveira Elias agendou para o próximo dia 30 a coleta de material genético de dois homens presos desde 2015 acusados de participação em um estupro coletivo cometido no dia 10 de junho daquele ano em Dourados. A partir desse procedimento, deverá ser feita comparação com amostra coletada na vítima - uma jovem 19 anos - durante o exame de corpo de delito que comprovou a violência sexual.

Ainda no dia 11 de abril deste ano o magistrado já havia determinado a intimação de três réus no processo que tramita na 2ª Vara Criminal de Dourados. Na ocasião, estabeleceu que eles informassem "se concordam em fornecer material genético para comparação com a amostra encontrada na vítima" após ter recebido laudo pericial que além de comprovar a violência sexual, revelou ter sido encontrado esperma dos possíveis autores do crime na jovem vitimada.

Intimado no dia 27 daquele mês, Coimando Arce Isnarde, de 21 anos, "afirmou de que não concorda em fornecer material genético", conforme documento anexado ao processo pelo oficial de Justiça designado para cumprir a ordem de intimação. Mas os outros dois acusados, Edemil Arce Isnarde, de 27 anos, e Alfifo Arce Isnarde, de 24 anos, aceitaram fazer o exame. Os três estão presos desde o dia do crime e atualmente encontram-se na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Conforme a denúncia oferecida em 13 de junho de 2015 pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) à Justiça, o crime ocorreu na madrugada do dia 10 daquele mesmo mês na Aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados, onde moravam os envolvidos. Os suspeitos foram presos já no dia do crime, por uma equipe da Força Nacional de Segurança que atuava na região.

Em depoimento à polícia, a vítima disse ter ido até a casa de um homem a convite de Lindalva Valdez (posteriormente presa e acusada de ser mandante do estupro), onde ocorreria uma festa. Ao ir embora foi seguida por outro indivíduo e abordada por cinco rapazes. A violência sexual também teria tido a participação de dois menores de idade, mas a ação judicial não os menciona.

Na mais recente movimentação desse processo, o juiz determinou, em despacho preferido no dia 1º de agosto, que "diante da chegada do estojo, para coleta do material genético de Edemil Arce Isnarde e Alfifo Arce Isnarde", fosse agendado o dia 30 de agosto, às 17h00, para realização do procedimento. Os réus deverão ser escoltados. Essas amostras serão comparadas com as encontradas na vítima.

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