Mais jovem dos secretários deve ser responsável pela Saúde em Dourados

Médico generalista de 31 anos, Renato Vidigal já foi secretário-adjunto quando Délia administrou o município interinamente

Renato Vidigal é médico generalista e nome forte para compor o quadro administrativo na gestão de Délia Razuk (Foto: Reprodução/Facebook)
Renato Vidigal é médico generalista e nome forte para compor o quadro administrativo na gestão de Délia Razuk (Foto: Reprodução/Facebook)

Aos 31 anos, o médico generalista Renato Oliveira Garcez Vidigal deverá ser responsável pelo setor com maiores problemas a serem solucionados na administração pública durante a gestão da prefeita Délia Razuk (PR), a Secretaria de Saúde. Mais jovem entre os cotados para as secretarias municipais, ele terá a maior fatia do orçamento de 2017, estimado em R$ 223 milhões - conforme o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores pelo atual prefeito, Murilo Zauith (PSB).

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Formado em Medicina na turma de 2009 da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Renato Vidigal já atuou no poder público como secretário-adjunto de Saúde. Ele ocupou esse cargo justamente quando Délia esteve, de forma interina, no comando do município, de novembro de 2010 a fevereiro de 2011.

Naquela ocasião, o jovem adjunto já aparecia como um dos nomes fortes da gestão municipal, uma vez que o titular da pasta, o oncologista David Vieira, só foi nomeado dias depois. Vidigal também atuou no HV (Hospital da Vida), onde chegou a envolver-se numa polêmica, quando foi acusado de agredir outro médico que acompanhava paciente vinda de Nova Andradina.

Atualmente, o clínico geral atende em hospitais particulares da cidade e chegou a ser mencionado pelo PR (Partido da República), sigla da prefeita eleita, como um dos pré-candidatos na disputa pelas 19 vagas na Câmara Municipal durante o pleito deste ano. Contudo, Vidigal não teve o nome lançado na campanha e permaneceu nos bastidores, na condição de um dos principais aliados de Délia.

GESTÃO PLENA

De acordo com o Orçamento Municipal de 2017, enviado por Zauith ao Legislativo e aprovado com o voto inclusive da prefeita eleita, a Secretaria Municipal de Saúde, hoje comandada pelo médico Sebastião Nogueira, terá a seu dispor R$ 223 milhões. É a maior fatia dos R$ 880 milhões previstos para a Prefeitura de Dourados no próximo ano.

Considerada a área mais crítica da gestão pública municipal, a Saúde enfrenta problemas com sub-financiamento, segundo o atual chefe da pasta. Por mais aporte financeiro do Estado de Mato Grosso do Sul e do Governo Federal, a administração Zauith ameaça abrir mão da gestão plena do setor, um controle que o município detém desde 1996 para gerenciar o atendimento de uma população estimada em 800 mil habitantes oriundos de 35 municípios sul-mato-grossenses.

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