Marçal lamenta corte de verba para cultura em Dourados

Marçal diz que artistas precisam ser valorizados  (Foto: Thiago Morais)
Marçal diz que artistas precisam ser valorizados (Foto: Thiago Morais)

O vereador Marçal Filho (PSDB) lamenta a postura da prefeitura de Dourados ao cancelar edital de projetos culturais do Fundo de Investimentos à Produção Artística e Cultural de Dourados (FIP). Os projetos já estavam inscritos e artistas aguardavam com ansiedade o resultado do certame para pôr em prática trabalhos e atividades ao longo de 2018.

Sob a justificativa de "falta de recursos financeiros e orçamentários para financiar os projetos culturais aprovados", a prefeitura divulgou em Diário Oficial no dia 9, o cancelamento do edital. Presidente da Comissão de Cultura na Câmara Municipal, Marçal vai cobrar mais explicações da administração municipal.

Estava previsto um total de R$ 391.200 de recursos para o FIP dos calendários 2017 e 2018. Essa tinha sido a primeira vez na história da cultura douradense que houve a soma de recursos de dois exercícios, unindo as verbas de R$ 195.600 de cada ano. No entanto, a prefeitura decidiu cancelar tudo, pondo fim ao sonho de 24 artistas e produtores culturais que concorriam aos recursos.

A advogada, produtora cultural e poetisa Odila Lange, do Fórum Permanente de Cultura, disse que o cancelamento do edital joga por terra todo um trabalho de elaboração de projetos, bem como o trabalho de vários membros das comissões de avaliação, desrespeitando a classe cultural, o povo douradense e até o poder Legislativo que aprovou a dotação orçamentária da cultura.

Dourados com importante destaque no cenário cultural sul-mato-grossense, diante da diversidade de profissionais atuantes em diferentes áreas, o recurso de R$ 195,6 mil anual representa investimento inferior a um real por habitante do município. "Já era um recurso bem menor que o necessário e agora o pouco que tinha foi cortado", lamenta o vereador Marçal.

Conforme o edital cancelado, os artistas disputavam no FIP a seis projetos de R$ 25 mil, três de R$ 20 mil, sete de R$ 15 mil, sete de R$ 10 mil e um projeto de R$ 6.200, totalizando R$ 391.200 mil para os 24 projetos.

Sem esses recursos, artistas e produtores culturais ficam sem apoio para levar arte à comunidade. Marçal diz que a cultura precisa ser valorizada de forma que possa atender bairros e escolas. O parlamentar lembra que Dourados tem artistas nas mais diferentes áreas, como artes cênicas, artes plásticas, audiovisual, artesanato, folclore, literatura, música, dança e que possui cursos universitários que formam profissionais na arte, capazes de desenvolver e de transformar a cidade se fossem valorizados.

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