Ministra garante a Marçal que ramal da Ferronorte passará em Dourados

Gleise Hoffmann explicou que o ramal nasceria em Panorama, no interior de São Paulo, chegaria a Maracaju e, depois, passaria por Dourados

O deputado federal Marçal Filho (PMDB) foi recebido em audiência pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, na tarde de anteontem, e defendeu uma reivindicação que é de toda a população douradense e da Grande Dourados, além do Conesul de Mato Grosso do Sul: a implantação do ramal da Ferrovia Norte - Sul, que ligará Mara-caju, no Estado, ao porto de Paranaguá, no Paraná. “A ministra entendeu que o ramal deve passar por Dourados, que é a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul e que tem uma importância estratégica para o escoamento da produção agrícola e pecuária”, ressaltou o deputado.

Após ouvir a reivindicação do deputado, a ministra, de pronto, garantiu que o traçado do ramal da Ferroeste contemplará Dourados. Gleise Hoffmann explicou que o ramal nasceria em Panorama, no interior de São Paulo, chegaria a Maracaju e, depois, passaria por Dourados, Caarapó, Juti, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo até chegar em Guaíra, no Estado do Paraná e, de lá, seguir até Cascavel onde se uniria ao ramal que liga ao porto de Paranaguá. “Já temos a garantia da ministra Gleise de que Dourados não ficará de fora do traçado da ferrovia, revelando que o governo federal reconhece a importância da nossa cidade, que é capital econômica do Estado”, comemora Marçal.

O deputado enfatiza que defende a ferrovia por entender que Ferroeste facilitará o escoamento da produção agrícola, pecuária e sucroalcooleira de Mato Grosso do Sul até o porto de Paranaguá, reduzindo sensivelmente o custo do frete. “Entendo ainda que o ramal vai significar desenvolvimento para os municípios Maracaju, Itaporã, Dourados, Caarapó, Laguna Carapã, Juti, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo”, ressalta.

De acordo com Marçal, quando o ramal da Ferroeste for uma realidade, a produção de álcool e açúcar de Mato Grosso do Sul, bem como os grãos, carnes e até o minério, encontrarão no Porto de Paranaguá uma porta para o mundo, agregando ainda mais valor aos produtos manufaturados que saem do Estado. “O ramal prevê a captação de 8,7 milhões de toneladas por ano de cargas, numa região que movimenta 33 milhões de toneladas por ano”, conclui.

BR-163 – Na audiência com a ministra Gleise Hoffmann, o deputado também demons-trou preocupação com a possível concessão da BR-163 para a iniciativa privada, que passaria a explorar o pedágio com o compromisso de investir na manutenção e recuperação da principal rodovia federal que corta o Mato Grosso do Sul. “Manifestei a necessidade urgente de fazer constar do Edital de Concessão da BR-163 algumas exigências de adequações e melhorias na rodovia, sobretudo em suas margens como duplicações”, ressalta.

Marçal Filho pediu a inclusão no edital da criação e/ou adequação das avenidas late-rais que margeiam a rodovia no perímetro urbano de Dourados, especialmente, na altura do Parque das Nações, além da implantação de ciclovias e ampliação e melhoria daquelas existentes. “Também pedi adequações viárias como passarelas para maior segurança das pessoas que residem nos bairros próximos à BR-163, como o Jardim Guaicurus e os novos residenciais populares como o Dioclécio Artuzi”, explica.

O deputado discutiu com a ministra ainda, a exemplo do que fez em audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o caos em que se encontra a saúde pública em Dourados. “Fiz um relato do quadro em que vive a população douradense quando necessita de atendimento médico e enumerei os recursos que assegurei através de emenda de bancada ao Orçamento Geral de 2013, em parceria com o senador Delcídio do Amaral e deputado Antônio Carlos Biffi, que vai possibilitar a construção do Hospital Regional de Dourados”, relata. “Pedi à ministra que desse celeridade ao processo de liberação dos recursos e apontei dados do seminário que realizamos em Dourados onde o governador André Puccinelli garantiu mais R$ 20 milhões para que o hospital possa funcionar plenamente”, finalizou.