PMA e vítima discutiram na sala de cinema e entraram em luta corporal momentos antes do disparo, diz polícia

Teve início a uma luta corporal no chão da sala de cinema momentos antes do disparo.

  • Karol Chicoski
O assassinato aconteceu na tarde de ontem, dentro de uma sala de cinema no shopping de Dourados. Foto: Reprodução
O assassinato aconteceu na tarde de ontem, dentro de uma sala de cinema no shopping de Dourados. Foto: Reprodução

O policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos, preso em flagrante acusado de matar Julio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos, na tarde de ontem (8) no shopping de Dourados, prestou depoimento horas depois na Primeira Delegacia de Polícia e falou que o crime aconteceu depois de uma discussão entre os dois. O acusado relatou que não conhecia a vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 14h27, o PMA, juntamente com seus dois filhos, de 10 e 14 anos, estava na sala 1 do cinema Shopping Avenida Center, quando a vítima começou a abrir e fechar braços e pernas batendo contra o menor. Nesse momento, o acusado trocou de lugar com o filho e pediu para que Julio parasse com a atitude.

Ainda de acordo com a ocorrência, a vítima não parou com as provocações e começou a ofender o PMA. Depois disso, Julio levantou e desferiu chutes contra as pernas de Dijavan, deu um tapa contra o boné dele e deu socos contra seu rosto. Diante dessa situação, a vítima falou que iria sair do lugar e, ao passar pelo filho do PMA, deu um tapa no rosto do menor.  

Com a atitude da vítima, o PMA levantou e questionou o comportamento dele, falando que ligaria para a polícia.

Logo depois, nas escadarias de saída, a vítima puxou a camisa do acusado por trás e disse para resolver a situação naquele local, e foi nesse momento que o PMA pegou a pistola calibre .40 e se identificou. Em seguida, teve início a uma luta corporal no chão da sala, momento que a arma disparou, atingindo o pescoço da vítima.

De acordo com o boletim de ocorrência, houve um único disparo e o acusado guardou a arma na cintura e em seguida tentou estacar o sangramento fazendo pressão com a mão esquerda no ferimento embaixo do queixo da vítima. O socorro foi acionado, mas, chegando ao local, Júlio já estava morto.

Logo depois, Dijavan ligou para o Corpo de Bombeiros (193) e para a Polícia Militar (190) confessando ao assassinato e aguardou a chegada das equipes.

Relata ainda na ocorrência que a esposa e filha da vítima presenciaram o homicídio e ainda não conseguiram prestar depoimento por estarem abaladas psicologicamente.

Ainda segundo informações, serão instaurados dois inquéritos, um na responsabilidade da Polícia Civil e outro da Polícia Militar.


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