Poda de árvore no centro de Dourados tem flagrante inusitado de ave (fotos)
Urutau não se intimidou diante da proximidade do fotógrafo e fez “caras e bocas” para a câmera
Trabalhador que atuava na poda de uma árvore na área central de Dourados fez um flagrante inusitado na manhã de domingo (25). Ailton dos Santos, de 39 anos, teve a oportunidade de fotografar um Urutau que não se intimidou diante da proximidade do fotógrafo e fez “caras e bocas” para a câmera.
“Domingo de manhã eu fazia um serviço particular e ao subir para fazer a poda de uma árvore tive a oportunidade rara de tirar essa foto desse Urutau”, detalhou o servidor público.
O flagrante ocorreu na calçada de uma escola particular localizada na Avenida Weimar Gonçalves Torres, bem na frente do Edifício Adelina Rigotti, onde fica a 94FM.
“Tive a oportunidade de tirar essas fotos a um metro de distância dele. É uma coisa bastante rara, é uma ave muito linda, tirei do meu próprio celular”, detalha Santos.
Biólogos ouvidos pela 94FM informaram que a ave fotografada em Dourados é um Urutau Nyctibius griséus, conhecido como mãe da lua, uma das seis espécies existentes dessa ave também conhecida como "ave fantasma" por se camuflar em troncos de árvores.
Conforme o site Wiki Aves, o nome urutau é tupi e significa “ave fantasma”. “Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas”, detalha.
Quanto à espécie mãe-da-lua, esse site detalha ter uma adaptação única em aves, chamada de "olho mágico". “São duas fendas na pálpebra superior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olhos fechados”, informa.
Além disso, o Wiki Aves acrescenta que essa espécie mede entre 33 e 38 centímetros de comprimento e pesa entre 145 e 202 gramas, alimenta-se de insetos noturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, os quais caça em voo, e mesmo “que tenha o hábito de pousar em locais abertos, permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho”.
“Tem o hábito de cantar à noite”, pontua a publicação que descreve ser de “observação de aves e ciência cidadã para todos”.
