Por mais segurança, moradores do Guaicurus e Dioclécio fecham a MS-156

Protesto começou às 06h30 desta quarta-feira (15). Bloqueio continua enquanto prefeitura e governo do estado não se manifestarem

  • Alexandre Duarte

O acidente fatal da tarde de ontem (14) na MS-156, que vitimou um rapaz de 24 anos, foi a gota d’água para os moradores dos bairros Guaicurus e Dioclécio Artuzi, em Dourados-MS. No início da manhã desta quarta-feira (15), os moradores fecharam a rodovia. Eles pedem mais segurança na via e solicitam providencias urgentes por parte da prefeitura e do governo do estado.

Uma das manifestantes, Luciana Cristina Ferreira, explica que a população dos dois bairros sofre com a falta de segurança na pista. Segundo ela, todos os dias centenas de jovens e crianças usam rodovia para ir até a escola, correndo o risco de serem atropelados.

Outra moradora indignada com a situação é a estudante Adriana de Souza da Silveira, ela conta que já foi atropelada quando voltava para a escola. “Ninguém respeita os pedestres e os ciclistas aqui. Já vi motoristas tirando racha também. Precisamos de providências já, precisamos que os responsáveis coloquem a mão na consciência, saiam do ar-condicionado e venham conversar com a gente”, complementou.

Até o fechamento deste texto o protesto se mantinha firme. Os manifestantes alegam que irão permanecer no local até que algum representante da prefeitura ou do governo do estado entre em contato.

Caminhoneiros

Com o fechamento da rodovia, dezenas de caminhões carregados de soja estão parados enquanto aguardam a liberação da via. O caminhoneiro Eloir Mazocco, de Maracaju-MS, conta que chegou ao local assim que o protesto começou. Ele explica que descarregaria os grãos em uma empresa próxima ao bloqueio. Contudo, Mazocco reclama da falta de bom senso dos manifestantes.

“Eu sei que eles tem o direito de protestar, a rodovia aqui está ruim mesmo, não tem nem acostamento. Mas eles deveriam entender que todo mundo tem que trabalhar, eles poderiam liberar a pista a cada 1h e fechar de novo, ficaria de bom tamanho para todo mundo”, reclamou.

Alguns funcionários de um armazém de cereais, também se mostravam insatisfeitos com o bloqueio, pois não conseguiram chegar até a empresa para trabalhar.