Prefeitura corta plantões, deixa semáforos estragados e promotor cobra explicações
MPE estabeleceu prazo de 10 dias para diretor-presidente da Agência Municipal de Transportes e Trânsito apresentar explicações
A falta de manutenção em semáforos estragados nas ruas de Dourados motivou denúncia ao MPE-MS (Ministério Público Estadual). Agora, a 11ª Promotoria de Justiça da comarca exigiu do diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito), Carlos Fábio Selhorst dos Santos, respostas sobre medidas adotadas diante do alto índice de defeitos apresentados por esses equipamentos e especialmente sobre o longo prazo de reparo destes.
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Constantemente noticiados pela 94FM, os apagões semafóricos causam caos no já complicado trânsito douradense. A situação piora porque os dois únicos técnicos responsáveis pelo reparo dos aparelhos só têm expediente de segunda a sexta-feira, até 13h, já que a administração municipal não paga plantões a eles. Se apresentarem problemas depois desse horário, os semáforos são consertados apenas no dia seguinte (ou na semana seguinte, caso ocorra num fim de semana).
Essa denúncia chegou à Ouvidoria do MPE no dia 2 de julho. Foi um servidor da Agetran que levou esses fatos ao conhecimento do promotor Amílcar Araújo Carneiro Júnior, que agora exige explicações do gestor responsável pelo órgão público municipal.
No dia 6 de agosto o promotor de Justiça reiterou prazo de 10 dias úteis para envio de respostas por parte do diretor-presidente da Agetran. Essa solicitação já havia sido formulada por meio do Ofício nº 0812/2018/11PJ/DOS, de 17 de julho de 2018, mas acabou ignorada pelas autoridades públicas do município.
O MPE pede uma manifestação oficial “acerca das medidas adotadas pelo órgão acerca do alto índice de defeitos apresentados por semáforos no município de Dourados e especialmente sobre o longo prazo de reparo destes, especificando se há um plano de trabalho e contingência na atividade de fiscalização e manutenção preventiva a fim de obstar os problemas relatados nas denúncias”.