Prefeitura repete licitação para máquinas copiadoras e edital favorece uma única empresa

Quem trabalha no setor alega que não existe necessidade de duas licitações deste tipo no curto espaço de tempo

Em menos de três anos, a Prefeitura de Dourados abriu duas licitações para a locação de máquinas reprográficas (copiadora), o que causou estranheza para quem trabalha no setor. As especificações pedidas no edital e o curto espaço de tempo entre os pregões foram denunciados ao Midiamax.

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O processo de licitação mais recente ocorreu em 25 de abril deste ano (Pregão 0040/2013), e visava a “contratação de empresa especializada para prestação de serviços de locação de máquinas reprográficas, incluindo assistência técnica, bem como fornecimento de todos os insumos e peças (papel sulfite, cilindros, toner, revelador), objetivando atender as necessidades”.

O texto do edital é o mesmo do Pregão Público nº. 111/2010, que previa também a instalação das máquinas copiadoras nos locais de uso. Quem trabalha no setor alega que não existe necessidade de duas licitações deste tipo no curto espaço de tempo.

“Os serviços de locação de máquinas reprográficas não apresentam grandes alterações tecnológicas em período tão curto”, afirmou um empresário do ramo, que preferiu não se identificar.

Sob medida

O edital lançado neste ano pela Prefeitura de Dourados também é suspeito de ter sido confeccionado “sob medida” para uma única empresa de Mato Grosso do Sul.

No anexo I do edital foi exigido “memória de no mínimo 128 MB com expansão igual ou superior a 640 MB”. Segundo empresários do ramo, este item é desnecessário para o serviço em que as máquinas são utilizados.

A exigência também beneficiaria a empresa H2L Equipamentos e Sistemas Ltda., que seria a única com este tipo de equipamentos no estado e, consequentemente, a única habilitada a concorrer ao pregão.

A H2L foi a única participante do pregão presencial.