Programa estabelece quantidade de enfermeiros nos postos e hospitais

Profissionais responsáveis técnicos pela enfermagem em postos de saúde e hospitais em Dourados receberam ontem (25) treinamento sobre o programa e-dimencionamento, ferramenta que tem por finalidade calcular a quantidade necessária de profissionais da enfermagem para atender a demanda de pacientes em unidades de saúde.
O programa vai auxiliar os responsáveis técnicos a chegar num critério mais real sobre a quantidade de profissionais. "O enfermeiro responsável, com o e-dimensionamento, vai poder apontar melhor o número de profissionais em sua unidade", afirmou a doutora Cleide Mazuela Canavezi, coordenadora da CTLN (Câmara Técnica de Legislação e Normas) do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). Ela foi a palestrante do evento.
O treinamento foi uma realização do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/MS) a pedido da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados. O município é o segundo do Estado a receber o treinamento, após Campo Grande.
O presidente do Coren/MS, Sebastião Duarte, explicou que a ferramenta vai possibilitar apontar a quantidade de enfermeiros e técnicos que faltam no Hospital da Vida, UPA e postos de Dourados.
Em agosto, na companhia de promotores do Ministério Público Estadual, Sebastião esteve no Hospital da Vida e constatou que além da ausência de profissionais para atender a demanda de pacientes, a unidade carecia de materiais básicos como medicamentos indispensáveis, tinha pacientes nos corredores e outros locais insalubres e a sala de Raio-X não tinha isolamento adequado para conter a radiação.
Após acompanhar o treinamento do e-dimencionamento, o presidente do Coren esteve com o vereador Marçal Filho e explicou sobre a importância da ferramenta que vai ajudar profissionais de instituições públicas e particulares. Cerca de 100 responsáveis técnicos pela enfermagem de Dourados e região participaram do treinamento.
Para Marçal, a iniciativa do Coren em trazer o curso a Dourados irá ajudar a identificar de forma mais precisa a quantidade de profissionais da enfermagem que faltam nos postos, Hospital da Vida e UPA, para que se possa cobrar da prefeitura mais investimentos na saúde, seja na contratação de mais profissionais como em melhorias de condições de trabalho.