Secretaria de Estado de Saúde revela surto de febre chikungunya em Dourados

Sem revelar nome de bairro que teve os casos confirmados da doença, Boletim Epidemiológico diz que autoridades seguem a monitorar localidade

Bairro que não teve nome divulgado apresentou surto da doença, segundo boletim epidemiológico (Foto: André Bento)
Bairro que não teve nome divulgado apresentou surto da doença, segundo boletim epidemiológico (Foto: André Bento)

Boletim Epidemiológico divulgado na quarta-feira (4) pela Secretaria de Estado de Saúde revela que Dourados teve um surto de casos de febre chikungunya recentemente, num caso que segue a ser monitorado pelas autoridades sanitárias municipais e estaduais. Embora conste entre os municípios de baixa incidência, registrou até ontem 15 casos autóctones – quando a doença é contraída pelo paciente no próprio local de moradia e não em viagens externas.

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Com 2.587.267 habitantes, Mato Grosso do Sul teve 148 notificações neste período, mas ainda assim está com índice abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes, o que lhe classifica como área de baixa incidência. O mesmo vale para Dourados, que teve 19 notificações. O levantamento considera a população do município totaliza 207.498 pessoas.

No entanto, o boletim epidemiológico revela que a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul tem exigido atenção especial das autoridades sanitárias. Isso porque, em meio aos 15 casos autóctones – de pessoas que contraíram a doença por aqui e não em viagens para outras regiões -, houve a constatação de um surto.

Conforme o documento, o surto ocorreu em um bairro específico que não teve o nome revelado. Foi na semana epidemiológica 11, compreendida entre os dias 11 e 17 de março deste ano, “com casos confirmados”, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

“Foram encontrados focos na localidade e realizadas ações cabíveis; a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde continua monitorando a situação”, revela a nota divulgada ontem.

O boletim epidemiológico aponta como casos suspeitos da doença aqueles em que o indivíduo apresenta “febre de início súbito maior que 38,5°C e dor intensa nas articulações de início agudo, acompanhada ou não de edemas (inchaço), não explicado por outras condições, sendo residente ou tendo visitado áreas onde estejam ocorrendo casos suspeitos até duas semanas antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo com algum caso confirmado”.


As recomendações para estes casos são: manter repouso; tomar muito líquido: água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco e sopas; manter amamentação; procurar uma unidade de saúde; evitar a exposição a mosquitos. “Em alguns casos, as dores articulares permanecem por meses e até anos. Geralmente ocorrem casos próximos. Pode acontecer infecção pela chikungunya e dengue ao mesmo tempo. O mesmo mosquito pode carregar os dois vírus (DENGUE E CHIKV)”, detalha.

No grupo de risco, estão gestantes, menores de 2 anos, maiores de 65 anos e pessoas com comorbidade (que é a existência de duas ou mais doenças em simultâneo na mesma pessoa), de acordo com o relato feito pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde.


Comentários
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  • Camila Rocha Carrenho Sperotto

    Camila Rocha Carrenho Sperotto

    Moro no Jardim Tropical e eu e meu marido estamos com a doença. Ficamos sabendo que aqui no bairro já tem mais de 40 casos... triste realidade.