Setembro foi mais chuvoso, úmido e frio do que a média histórica em Dourados

Boletim agrometeorológico divulgado pela Embrapa revela que município teve segundo mês seguido com índices destoantes em quase 40 anos de monitoramento climático

Dourados teve segundo mês seguido com chuva, umidade do ar e frio acima da média histórica (Foto: Franz Mendes)
Dourados teve segundo mês seguido com chuva, umidade do ar e frio acima da média histórica (Foto: Franz Mendes)

A exemplo do que ocorreu em agosto, setembro de 2018 também foi mais chuvoso, úmido e frio do que a média histórica em Dourados. Conforme a Embrapa Agropecuária Oeste, que monitora o clima do município há quase 40 anos, o índice pluviométrico foi 103 milímetros superior ao esperado, a umidade relativa do ar teve alta de 10% e a temperatura ficou quase meio grau abaixo dos parâmetros até então apurados. 

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Esses dados constam no Boletim Guia Clima, escrito pelo agrometeorologista Carlos Ricardo Fietz e divulgado nesta quinta-feira (4). A partir dos dados coletados pela estação agrometeorológica em atividade desde 1979 no município, o pesquisador informou que choveu 211 milímetros em setembro, mais que o dobro da média histórica do mês, 103 milímetros. “Houve 10 dias chuvosos e a maior chuva ocorreu em 16 de setembro, 52 mm”, detalha.

“Com base nos registros das estações meteorológicas da Embrapa (Dourados e Rio brilhante) e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pode-se observar que em setembro as chuvas foram abundantes em praticamente toda a região sul de Mato Grosso do Sul: Sete Quedas (232 mm), Jardim (231 mm), Juti (219 mm), Laguna Caarapã (205 mm), Bonito (204 mm), Ponta Porã (202 mm), Itaporã (200 mm), Caarapó (200 mm), Rio Brilhante (198 mm), Fátima do Sul (194 mm), Angélica (185 mm), Nova Andradina (183 mm), Itaquirai (175 mm), Bela Vista (170 mm), Ivinhema 164 mm), Iguatemi (160 mm), Maracaju (158 mm), Nova Alvorada do Sul (142 mm) e Campo Grande (89 mm). Portanto, em Sete Quedas foi registrado o maior índice pluviométrico, enquanto o menor ocorreu em Campo Grande”, acrescenta a publicação.

Com toda essa chuvarada, setembro de 2018 também elevou os níveis de umidade relativa do ar. “A umidade relativa média do mês foi 71%, 10% superior à média de setembro, 61%. Em 8 dias ocorreram níveis de umidade do ar inferiores a 30%, quase todos na primeira quinzena do mês. A umidade do ar mínima ocorreu em 10 de setembro, 16%. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), níveis de umidade do ar inferiores a 30% exigem cuidados, pois podem ser prejudiciais à saúde humana”, explica Fietz.

Ainda de acordo com o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, “a temperatura média em Dourados foi 21,5°C, quase meio grau abaixo da média histórica de setembro, 21,8°C”. Segundo ele, “a média das máximas, 27,9°C, foi mais de um grau inferior à normal deste mês, 29,1°C”.

“Em 11 dias de setembro as máximas superaram 30°C, atingindo 36,5°C em 23 de setembro. A média das mínimas foi 16,1°C, quase meio grau superior à média histórica, 15,8°C. Em apenas dois dias as temperaturas foram inferiores a 10°C, com a mínima do mês de 8,4°C, em 5 de setembro. A temperatura máxima na região sul de Mato Grosso do Sul ocorreu em Rio Brilhante, 39,3°C, em 24 de setembro, enquanto a mínima, 5,9°C, foi registrada em Bela Vista e Iguatemi, em 5 de setembro”, informa o Boletim Guia Clima.

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