Tempo seco beira estado de emergência

Em sua reta final, agosto de 2018 tem feito Dourados passar por extremos climáticos: chuva, frio, alerta de temporal, calor e secura. Neste domingo (26), por exemplo, depois de uma semana chuvosa, com 13.8 milímetros de índice pluviométrico acumulado, a maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul viveu um de seus mais baixos índices de umidade relativa do ar. 

De acordo com a Embrapa Agropecuária Oeste, às 13h09 de hoje foram registrados 13%, classificado como “estado de alerta”, conforme critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) para avaliar os riscos à saúde humana de baixos índices de umidade do ar. Abaixo de 12%, configura-se o “estado de emergência”.

“Níveis baixos de umidade relativa do ar indicam que há uma pequena quantidade de água, em forma de vapor na atmosfera. Quando isso ocorre, são comuns os problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele”, alerta o Boletim Guia Clima.

Toda essa secura ocorre justamente depois de uma semana chuvosa. Embora os dados históricos apurados desde 1979 pela estação agrometeorológica da Embrapa apontem agosto com 47.5 milímetros de chuva média mensal, neste ano o mês já acumulava, até sábado (25), 68.9 milímetros. E deste total, 13.8 milímetros deste terça-feira (21).

Na sexta-feira (24), quando o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alertou para tempestade com grau de perigo em Dourados e outros 63 municípios de Mato Grosso do Sul - previsão de ventos intensos de até 100 km/h e queda de granizo, com consequências de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos -, a Embrapa emitiu alerta de rajadas com 36 quilômetros por hora, e a umidade relativa do ar atingiu 99% às 8h32.

Ainda de acordo com o Boletim Guia Clima, neste domingo, o último do mês, o mais elevado índice foi de 71% às 6h24. Sem registro de chuva, a temperatura variou entre a mínima de 7.1ºC apurada às 6h08 e a máxima de 22.2ºC registrada às 15h00.