Fiems diz que greve de caminhoneiros parou 60% das indústrias de MS

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Manifestação ocorre há três dias contra política de preços da Petrobras. (Foto: Paulo Francis)
Manifestação ocorre há três dias contra política de preços da Petrobras. (Foto: Paulo Francis)

Mais de 3.700 indústrias em Mato Grosso do Sul paralisaram a produção nos últimos três dias, em virtude da greve dos caminhoneiros que se espalha pelo país. O número equivale a 60% dos 6.201 estabelecimentos industriais do Estado, segundo levantamento da Fiems(Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), e preocupa o setor, segundo o presidente da entidade, Sérgio Longen. Segundo ele, um dos efeitos da manifestação é o atraso no pagamento de salários aos mais de 120 mil trabalhadores das indústrias locais.

“Se as indústrias estão paradas, elas não produzem e, se elas produzem, também não podem vender. E se não vendem também não podem ter os impostos recolhidos. Na próxima semana, não tem como pagar a folha de pagamento dos nossos trabalhadores e, portanto, essa paralisação é uma preocupação imediata das empresas, pois elas não podem parar”, afirmou Longen.

O presidente da Fiems afirmou, ainda, que “os caminhoneiros precisam entendem que os fretes também não serão pagos porque não têm faturamento, então é um momento grave para a economia brasileira”.

Longen considerou que a paralisação do transporte de cargas não é um meio de combater a crise no país. Para ele, o protesto preocupa por ocorrer quando a economia do Brasil dava sinais de melhora. “Entendo que é justa a manifestação e está dentro do direito democrático da categoria, mas interromper a produção de setores que abastecem a sociedade não é correto e isso eu não posso concordar”, pontuou, considerando “justa” a reivindicação do movimento –contrário às políticas de preço dos combustíveis adotadas pela Petrobras.


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