Governo estuda comprar 2 milhões de metros cúbicos de gás direto da Bolívia

  • Correio do Estado
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cumprimenta presidente da Bolívia, Evo Morales - Foto: Clodoaldo Silva
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) cumprimenta presidente da Bolívia, Evo Morales - Foto: Clodoaldo Silva

O Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o presidente da Bolívia, Evo Morales, firmaram hoje (4), em Brasília, termo de compromisso para realização de reunião técnica com objetivo de possibilitar ao Estado a compra de 2 milhões de metros cúbicos de gás diários direto do país vizinho. Isto deve aumentar em até 20% a receita anual da Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás), que é de R$ 350 milhões.

A reunião será realizada no próximo dia 20, em Cuiabá. Nesta data, será assinado o termo de compromisso que permitirá a compra direta de gás da Bolívia até o dia 30 de janeiro.

A diferença desta compra da que já é feita diariamente via Petrobras, de 30 milhões de metros cúbicos de gás, é que a companhia de gás do Estado acaba ganhando mais.

"Queremos fixar a compra direta da Bolívia , por isso vamos firmar o memorando de entendimento, que vai ter aval do Governo Federal", declarou o governador, emendando que "o Governo do Estado vai comprar o gás e repassar à iniciativa privada, sem onerar os cofres públicos e gerando receita com a venda e a arrecadação do ICMS (são 12%). Também o Estado ganha uma fonte de energia competitiva para atrair novos investimentos".

O diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade, completou que o objetivo é participar do leilão previsto para março do ano que vem, mas sem a garantia da Bolívia, a companhia não pode participar.

Estes 2 milhões de metros cúbicos de gás vão atender a usina termelétrica de Corumbá-Ladário. O consumo da usina é de 1,3 milhão de metros cúbicos, e o restante, a demanda de consumo atual.

IMPORTAÇÃO

A Petrobras deve aumentar a importação do gás natural da Bolívia neste fim de ano. Conforme informações da Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás), a possibilidade de aumento da importação acima dos 30 milhões de metros cúbicos ao dia, previsto no contrato com a Bolívia, foi comunicada em reunião com o governo do Estado e pode se estender até abril de 2018.


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