Pesquisa projeta queda de R$ 4,9 milhões nas vendas do Dia das Mães em Dourados

Analista do Sebrae diz ser fundamental muita atenção com a divulgação dos produtos e serviços e comunicação facilitada, rápida e eficiente com o consumidor

Faturamento do comércio com vendas do Dia das Mães deve cair em Dourados (Foto: Franz Mendes/Divulgação)
Faturamento do comércio com vendas do Dia das Mães deve cair em Dourados (Foto: Franz Mendes/Divulgação)

Pesquisa de intenção de compras para o Dia das Mães realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio e Sebrae MS projeta queda de quase R$ 5 milhões nas vendas de presentes em Dourados no comparativo entre 2019 e 2020. O motivo: a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 

Conforme o levantamento, para este ano o valor estimado em compras é de R$ 4.331.521, com gasto médio de R$ 103,82. Em 2019 a projeção indicava R$ 9.321.065 (R$ 136,59).

Já no caso dos gastos com comemorações, o valor apurado para 2020 é de R$ 1.826.101 (em média de R$ 101,51), ante R$ 3.581.861 de 2019 (R$ 133,54).

Essa queda acentuada é descrita no cenário 1 da pesquisa, que leva em consideração “o atual cenário e as restrições em relação ao controle do contágio do Covid-19”.

Em âmbito estadual, a pesquisa indica que o Dia das Mães poderia movimentar R$ 193,91 milhões, 17% a mais em relação ao ano passado, mas diante da pandemia, poderá movimentar R$ 93,41, queda de 44%.

“Um número significativo dos entrevistados, 48%, disseram que a renda caiu nesse período. E tem, ainda,18% que afirmam precisar de auxílio emergencial. Esses indicadores mostram o porquê vamos ter um movimento mais fraco que em 2019”, explicou a economista Daniela Dias, do IPF MS.

DIVULGAÇÃO

Para Vanessa Schmidt, analista do Sebrae MS, é fundamental que os “empresários tenham muita atenção com a divulgação dos produtos e serviços com foco na venda para a data e que a comunicação com o consumidor seja facilitada, rápida e eficiente por todos os canais virtuais da empresa, bem como a possibilidade da troca do produto caso necessário.”

“Temos percebido que o consumidor está bastante receoso no momento da compra, especialmente para produtos considerados não essenciais. Ele teve uma percepção de redução na renda e que, mesmo para aqueles que não viram ainda uma redução, há uma forte incerteza com relação ao futuro. Dois critérios serão fundamentais no momento da compra: promoções e descontos e saber quais são os cuidados que as empresas estão tendo neste momento para evitar a disseminação do vírus”, pontuou.


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