Procon quer saber por que gasolina em Dourados é mais cara do que na capital
No início deste mês, superintendência estadual do órgão de defesa do consumidor apontou preço abusivo em combustível 20 centavos mais barato do que o de Dourados
O Procon de Dourados quer que o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência) de Mato Grosso do Sul explique por que combustíveis vendidos na maior cidade do interior são mais caros do que na capital. Esse questionamento foi oficializado uma semana após a 94FM revelar que o litro da gasolina, mesmo comercializado 20 centavos mais barato em Campo Grande, teve preço considerado abusivo pela superintendência do órgão de proteção ao consumidor.
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Nesta quinta-feira (21), a Prefeitura de Dourados informou que o procurador Mário Cerveira, diretor do Procon local, enviou ofício ao sindicato para saber “quais os motivos, ou causas, para a diferença no preço praticado de revenda dos produtos derivados do petróleo entre os postos de Dourados e da capital do Estado”.
Justifica o questionamento uma pesquisa realizada de 5 a 6 de junho que apontou em Dourados gasolina por no mínimo R$ 4,400 o litro, diesel comum por R$ 3,599, diesel S10 por R$ 3,649 e etanol por R$ 3,200. Como parâmetro, foi indicado levantamento feito no mesmo período em Campo Grande, que encontrou gasolina por R$ 4,04 e etanol a R$ 3,09.
“O Sinpetro deverá se manifestar, no prazo de dez dias, especialmente quanto à observação de que é direito do consumidor o acesso ‘à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem’, conforme prevê item III do artigo 6º da lei”, revelou o Procon de Dourados.
No dia 12 passado a 94FM revelou que após fiscalizar 153 postos de combustíveis em Campo Grande, o Procon/MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) divulgou ter constatado a prática de preços abusivos na venda de derivados de petróleo. Em um dos casos, os fiscais consideraram excessiva a cobrança de R$ 4,499 pelo litro da gasolina comum, valor 20 centavos mais barato do que o de Dourados.
