Temer briga para manter aumento de combustível e caminhoneiros anunciam paralisação

Enquanto o presidente Michel Temer (PMDB) tenta reverter a liminar que suspendeu o aumento das alíquotas do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) que incide sobre o preço dos combustíveis, caminhoneiros autônomos e de empresas de transporte de Mato Grosso do Sul decidiram paralisar as atividades.

A previsão é de que a manifestação ocorra na próxima terça-feira (1º) em todo o Estado. A decisão da categoria, anunciada nesta quarta-feira (26), é um protesto contra o aumento das alíquotas divulgado pelo governo Federal na última quinta-feira (20) sob a justificativa de compensar as dificuldades fiscais.

Presidente do Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), Claudio Antônio Cavol, afirma que o sindicato foi informado do movimento hoje. Ele destaca que o Sindicato apoia às reivindicações, mas não participa da manifestação.

"Fomos comunicados hoje de manhã. Sabemos que os caminhoneiros e transportadoras pedem que o governo Federal volte atrás dessa questão do aumento do Pis e Cofins. O sindcato não vai poder acompanhar, mas achamos justas as reivindicações. Apoiamos, mas não participamos diretamente disso. O governo tem de abrir um canal de comunicação porque o setor está vivendo uma fase muito difícil e precisa ser ouvido", declara.

De acordo com registros do Setlog-MS, no Estado existem cerca de 1.600 empresas de transporte e aproximadamente 28 mil caminhoneiros autônomos.

Suspensão do aumento -

O aumento que entrou em vigor na sexta-feira (21), um dia depois de ser divulgado - foi suspenso nesta terça-feira (25) por determinação do juiz substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal de Brasília.

A determinação partiu da motivação de uma ação popular protocolada por um cidadão. A decisão também exige o retorno dos preços dos combustíveis.

Depois da suspensão ser divulgada, a AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal), em Brasília, para anular a decisão. A previsão do governo é arrecadar mais R$ 10,4 bilhões com o aumento das alíquotas.


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