WalMart demite executivos e mais 3,5 mil funcionários no Brasil

Rede tem perdido funcionários de alto escalão para concorrentes

Na quinta-feira (26) foram desligados do Walmart o vice-presidente executivo Marcos Ambrosano, o diretor de logística Nuno Dias Jorge, uma gerente do departamento de imprensa, além de outros funcionários da companhia. Essa não foi a primeira leva de demissões promovida pelo presidente da empresa no Brasil, Guilherme Loureiro, que assumiu em setembro de 2013. Desde então, segundo ex-funcionários, somam-se quatro cortes e um total de 500 desligamentos na matriz, envolvendo oito vice-presidentes. Nas lojas, 3 mil funcionários foram demitidos no período. Além disso, alguns escritórios regionais do Nordeste e do Sul foram fechados, centralizando a área comercial em Alphaville, São Paulo.

Simultaneamente, houve uma migração de altos executivos do concorrente Carrefour para o Walmart no último ano. Entre os nomes estão Adriana Muratore, VP de marketing, Ana Paula Santos, VP de RH, e Patrícia Nina, VP da área de não alimentar, além de diretores e gerentes. Adriana também tem passagem pela Unilever, assim como o CFO Flavio Cotini e o próprio CEO, Guilherme Loureiro.

Procurado por NEGÓCIOS, o Walmart não confirmou os nomes nem o número de demissões. Informou, no entanto, que "tem implementado uma série de iniciativas para melhorar a experiência de compra nas lojas e simplificar os processos na operação. As mudanças envolvem contratação de novos executivos e funcionários para lojas, assim como a saida de colaboradores de algumas áreas administrativas. Como resultado de todas as ações em andamento, a companhia estará mais bem preparada para crescer de forma sustentável no Brasil ao longo dos próximos anos."

Os cortes de ontem ocorrem uma semana depois de a matriz da companhia anunciar que aumentará os salários de 500 mil funcionários americanos que recebem por hora de trabalho.

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