Bar proíbe entrada de clientes com bermuda no MS e causa polêmica no Facebook

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‘Com que roupa eu vou, com que roupa eu vou, pro samba que você me convidou...’, diz o samba de Noel Rosa já cantado também por Caetano Veloso e Zeca Pagodinho. No Bar da Bud, localizado na Avenida Afonso Pena, um médico e um funcionário público federal foram impedidos de entrar na parte superior do estabelecimento por estarem de bermuda. O estabelecimento mudou a sua política de vestuário para o Lounge há dois meses, mas não havia até o dia do episódio nenhuma placa com a orientação

“Esperamos meia hora e na hora de entrar nos falaram que não poderíamos por conta da bermuda. Ainda perguntei que se eu fosse em casa e trocasse de roupa teria que enfrentar a fila de novo e me disseram que sim. Eu já fui no andar de cima do bar com bermuda e não havia nada que informava sobre a mudança. No Brasil inteiro pode, já fui em várias baladas assim por isso discordo. Em Campo Grande é muito quente” , reclama o médico Amilcar Ximenes.

O outro cliente ‘barrado’, e amigo de Amilcar, é o funcionário público federal, Alexandre Pellizon. Foi dele a iniciativa de desabafar na comunidade virtual ‘Aonde Não Ir em Campo Grande-MS’ sobre o problema enfrentado. A postagem rendeu, em menos de 24 horas, 560 comentários, que dividiram os usuários da página na discussão sobre liberdade de usar ou não a bermuda no lugar.

“ No Rio pode entrar sem camisa, de chinelo, do jeito que quiser. Mas em Campo Grande, a cidade ‘das lojas de colchão e farmácias’ a balada ta rica! Depois não sabem por quê vão a falência, como todos os outros bares da Afonso Pena”, disse Alexandre na comunidade pouco depois de publicar a crítica ao Bar da Bud.

Repercussão

De acordo com o proprietário do estabelecimento, Henrique Rezende, a publicação do comentário, apesar das críticas, é importante para o bar. Ele afirma que é a segunda vez que a empresa ganhou evidência nas queixas da comunidade virtual. A ‘estréia’ aconteceu com um questionamento do pastel, que estaria sendo servido frio.

“Sempre acompanho a comunidade e outros canais de comunicação para saber o que falam sobre o bar. Trabalho na noite há muitos anos, e sei o quanto isso é importante, por isso respondi a crítica. Se eu não tivesse respondido não teria acontecido toda essa repercussão. Mudamos a política para a lounge do estabelecimento há dois meses e estaremos dando maior publicidade sobre isso no banheiro e no espaço onde termina a fila”, destacou o empresário.