PF analisa dados de 20 celulares apreendidos na "Lama Asfáltica"

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Celulares apreendidos na Operação Lama Asfáltica já foram periciados e os dados estão sendo analisados pela Po... ()
Celulares apreendidos na Operação Lama Asfáltica já foram periciados e os dados estão sendo analisados pela Po... ()

Além de documentos, computadores e dinheiro, na Operação Lama Asfáltica, no último dia 9 de julho, a PF (Polícia Federal) apreendeu também 20 celulares durante o cumprimento dos 19 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Os celulares foram periciados pelo equipamento do mesmo modelo usado no IC (Instituto de Criminalística) na Operação Coffee Break. É o Cellebrite UFED, de fabricação israelense e que também é usado pelo FBI e a CIA.

A apreensão dos celulares não havia sido divulgado durante a Operação Lama Asfáltica e a PF informou que não pode falar sobre o assunto, já que a investigação corre sob sigilo. O órgão só informou que nesta fase estão sendo analisados o material apreendido e os dados obtidos com a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas que formam o consórcio CG Solurb, que venceu a licitação para fazer a limpeza urbana e a coleta e tratamento do lixo em Campo Grande, por um período de 25 anos.

Na semana seguinte ao da Operação, peritos da PF e técnicos da CGU (Controladoria Geral da União) iniciaram a análise do material apreendido. A CGU cuida dos contratos firmados pelo Governo do Estado com as empreiteiras alvos da investigação, e verifica se houve a correta aplicação dos recursos. Ao deflagrar a Lama Asfáltica, os órgãos que investigam o caso haviam descoberto o desvio de aproximadamente R$ 11 milhões, e até a atual fase da apuração já foi comprovado o desvio de R$ 6 milhões.

Já a PF cuida do que foi apreendido, como documentos, computadores, celulares. Com o Cellebrite UFED, será possível recuperar todos os dados dos aparelhos, mesmo aqueles deletados. Inclusive dos aplicativos como whatsapp e telegram.Também foram apreendidos R$ 120 mil em espécie, R$ 195 mil em cheques, US$ 100 mil em notas e 3 mil euros na casa dos investigados. Tudo foi depositado em juízo e só deve ser liberado no final do inquérito.

A Operação Lama Asfáltica é realizada por órgãos federais e investiga desvio de recursos federais na execução de obras. Já a Operação Coffee Break, foi deflagrada no dia 25 de agosto deste ano pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e apura compra de voto dos vereadores, para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. Celulares de 17 pessoas foram apreendidos pelo Gaeco e os laudos das perícias foram entregues hoje pelo IC.

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