Seminário discute suicídio no MS; Estado é o segundo com mais casos no ranking nacional

No Estado, pessoas entre 13 e 35 anos são as maiores vítimas

  • Redação/Assessoria

Segundo pesquisas feitas pelo Instituto Sangari, responsável pelo Mapa da Violência, os números do suicídio só aumentam. Na década passada, Mato Grosso do Sul teve a segunda maior taxa, conforme a Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Capelão do Hospital Universitário, em Campo Grande, Edílson dos Reis, tenente do Corpo de Bombeiros, diz que, de lá paracá, pouco mudou.

O suicídio já é considerado um sério problema de saúde pública no país e é uma das cinco maiores causas de morte entre jovens em todo o mundo. No Estado, pessoas entre 13 e 35 anos são as maiores vítimas. Para tentar entender essa triste realidade e minimizar os índices alarmantes de óbitos registrados por este tipo de violência, acontece o Seminário de Promoção a Vida e Prevenção do Suicídio.

O projeto já está na quinta edição e chama a atenção do público para esta realidade pouco divulgada. “A questão do suicídio ainda é tabu no país, é um erro achar que a divulgação vai incitar as pessoas a cometerem este tipo de violência, pelo contrário, vai ajudar a alertar a sociedade”, relata o capelão do Núcleo Hospital Universitário, Edilson dos Reis, um dos responsáveis pelo projeto.

O seminário, que acontece hoje (9) às 19h no anfiteatro do LAC (campus da UFMS) em Campo Grande, tem como objetivo alertar as pessoas sobre os sintomas da depressão e quando é necessário buscar ajuda. Um dos meios mais utilizados pelos jovens para se comunicar são as redes sociais e é por lá que muitos deles pedem socorro. “Muitas destas vítimas recorrem a internet para desabafar, mas não sou ouvidos”, descreve Edilson Reis. E para atingir o público alvo, a programação conta com palestra voltada a linguagem da internet “Redes Sociais: Uma Ferramenta para a Prevenção?”.

O evento conta também com a divulgação do Projeto Labirinto que auxilia na prevenção do suicídio relatando onde buscar ajuda, como diagnosticar quem precisa de auxílio e dá apoio a famílias em luto.

Como complemento ao projeto, será montado um labirinto de garrafas pet a fim de ilustrar que em todo o sofrimento há uma saída. A palestra “Doenças psiquiátricas, modelos de intervenção e a sociedade em Transformação” com o professor Juberty de Souza fecha o projeto que acontece em comemoração ao dia mundial de prevenção ao suicídio, celebrado no mês de setembro.