Tempestades aumentam em 40% número de animais silvestres levados para Centro de Reabilitação

  • Assessoria/Governo de MS
Foto: Edemir Rodrigues
Foto: Edemir Rodrigues

Durante a primavera - que teve início no dia 22 de setembro e segue até 21 de dezembro - as aves se reproduzem. Muitas vezes, os filhotes caem dos ninhos e se machucam. Para piorar a situação, as tempestades da última sexta-feira (15) derrubaram centenas de árvores por todo o Estado. Somente em Campo Grande, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para retirada de 254.

Por conta disso, de 16 a 18 de outubro o número de animais resgatados e levados para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Campo Grande, voou de 32, no mesmo período do ano passado, para 45 - um aumento de 40%. 

Filhotes de coruja, joão-de-barro, pica-paus (2), periquitos-de-encontro-amarelo (11), jandaias (8) e arara agora estão recebendo os cuidados da equipe do Cras, comandada pelo veterinário Lucas Cazati. Além deles, três bichos adultos recém-chegados também estão em tratamento no Centro de Reabilitação: um papagaio-galego, um anu-preto e um tamanduá-bandeira, que foi atropelado. 

“É um período propício a acidentes porque as aves estão se reproduzindo. E com a chuva e a ventania houve um aumento considerável no número de feridos. Cada animal vai levar um tempo para se recuperar. As aves só podem voltar à natureza quando estiverem voando”, explica Lucas Cazati. Atualmente, o Cras está com cerca de 120 bichos de diversas espécies. 

Quem faz a captura ou resgate dos animais é a PMA. Foram os policiais ambientais que recolheram três filhotes de papagaio, nesta segunda-feira (18), em uma fazenda em Nova Andradina, após a queda de uma palmeira, em decorrência do vento. 

Os animais, sem ferimentos aparentes, foram alimentados, hidratados, receberam atendimento veterinário e vão ser encaminhadas ao Cras para, quando possível, serem reintroduzidos à natureza.

“Quem avistar um animal silvestre ferido deve entrar em contato com a PMA, que vai passar as orientações e fazer o resgate. Dependendo da espécie, pode ser perigoso recolher o filhote porque muito provavelmente a mãe está por perto”, explica o tenente-coronel Ednilson Queiroz, da Polícia Militar Ambiental. Os telefones da PMA em Campo Grande são o (67) 3357-1500 e o (67) 9984-5013.


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