VÍDEO: alunas usam guarda-chuva na sala de aula para se proteger de goteiras

O fato aconteceu em uma escola de Batayporã

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VÍDEO: alunas usam guarda-chuva na sala de aula para se proteger de goteiras

Quando se fala em objetos usados em sala de aula logo se lembra de caderno, caneta, lápis, borracha, que são comuns nos dia a dia de alunos. Mas duas alunas de uma escola de Batayporã tiveram de aderir dentro da sala onde estudam a um objeto não tão comum no kit escolar, o guarda-chuva. Para se proteger das inúmeras goteiras da sala as alunas do 6º ano abriram os guarda-chuvas para conseguirem estudar.

Segundo a diretora da escola, Claudenice a Silva Bastos Santos, a água da chuva entra na sala pela lâmpada e forma verdadeiras cachoeiras. A diretora disse que todo o prédio da escola precisa de melhorias. Das 16 salas, pelo menos 4 estão neste estado e em outras também é possível encontrar alguma tipo de infiltração. Claudenice explica que há anos a escola construída em 1968 não passa por algum tipo de reforma.

“O telhado tem mais de 30 anos e já não suporta o volume de água. Esta é a primeira escola do município e as telhas de amianto são muito velhas. Desde que o último bloco da escola foi construído em 1982 a escola não passa por reforma,” conta a diretora.

As melhorias, segundo ela, são reivindicadas desde que assumiu a direção em 2011 e vários ofícios foram encaminhados para a SED (Secretaria de Estado de Educação). “Precisa trocar o telhado, o forro, a parte hidráulica e elétrica. Precisa ser construída uma passarela na entrada da escola também por que não tem cobertura”, explica.

A diretora destaca que técnicos da Secretaria de Educação visitaram a escola na tarde de ontem no momento da chuva e verificaram que a situação é delicada. “Eles vieram aqui e viram as goteiras nas salas e o pátio alagado e disseram que a partir da segunda-feira (14) tem uma resposta do que poderá ser feito. Vamos esperar”, conclui a diretora.

O vídeo das alunas escrevendo durante a aula de inglês nesta quinta-feira (10) segurando os guarda-chuvas foi postado no Facebook e já tem mais de 150 compartilhamentos e através do WhatsApp, pessoas de vários lugares do Brasil estão tendo acesso as imagens segundo Lucas Cadette, irmão da aluna que gravou o vídeo.

“Assim que minha irmã me mostrou o vídeo encaminhei para uma amiga que mora em Maringá e ela começou a mandar para os amigos dela também. Eu sei que o vídeo já chegou em São Paulo, Goiânia, Curitiba e o até o pessoal o CQC já viu e vai atrás da história”, conta Lucas destacando o programa humorístico semanal da rede Bandeirantes.

O jovem de 20 anos conta que já estudou na escola e que os problemas se repetem há muito tempo. “A última pintura da escola foi feita em 1998. Os alunos fizeram um mutirão, conseguiram as tintas e pintaram. Eu sei também que a caixa d’água da escola que fica em cima do banheiro está quase caindo, na sala da diretora tem uma rachadura de quase 5 centímetros que dá pra ver do outro lado. A diretora e os professores fazem o que podem, mas o governo não tá nem aí”, diz Lucas revoltado.

Eliane Cadette é mãe da menina que fez o vídeo e se diz preocupada com o risco que a situação precária da escola oferece a todos os alunos. “Como as crianças podem estudar numa sala dessas? Não é só a situação da sala de aula que é precária é da escola inteira. Eu como mãe me preocupo muito”, conta. Além dos filhos, Eliane disse que ela e o marido também estudaram da escola e sabem que faz muito tempo que os diretores procuram melhorias. “A gente respondeu alguns questionários que a diretora nos deu, participamos de reuniões, mas nada foi feito”, conclui.

O governo do Estado informou através de nota que ontem (10), a Secretaria de Estado de Educação já havia enviado uma equipe para levantar todos os problemas da escola. Após esse levantamento, o governo do Estado vai efetivar os consertos necessários.

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