Comandante de Bataguassu comenta sobre prisão de policial militar

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Comandante de Bataguassu comenta sobre prisão de policial militar

O comandante da Polícia Militar de Bataguassu, José Roberto de Souza, emitiu uma nota de esclarecimento referente às acusações de suposto abuso de autoridade praticada contra um policial, que no meio de uma reunião, acabou sendo preso pelo sargento, sob acusação de desacato ao superior.

Na nota, o comandante explica o contexto em que foi realizada a prisão do policial e afirma que o motivo da discussão seria o fato de, na madrugada de sexta-feira (21) a guarnição de serviço ter recolhido a viatura e ido dormir, retornando às atividades apenas por volta das 07h, quase no fim do turno de serviço. O comando ainda revelou que neste período, os policiais teriam deixado de atender uma ocorrência.

Em sua defesa, o comandante alega que o áudio fornecido à imprensa reproduz apenas parte da conversa com os policiais que, nas palavras dele, se utilizavam de justificativas incoerentes, o que o teria obrigado a fazer uso de sua autoridade superior e emitir voz de prisão e uma dos militares. Ele não entrou em mais detalhes para não prejudicar as apurações do caso.

Confira a nota:

Nota de esclarecimento

Em atenção aos áudios não autorizados, o que constitui grave afronta ao regime jurídico dos servidores militares, e divulgados criminosamente nos meios de comunicação, o Comando da Polícia Militar de Bataguassu/MS, vem a público esclarecer que a gravação divulgada mostra apenas parte da reunião realizada com Policias Militares de Bataguassu/MS, ocultando intencionalmente, informações e falas importantes da conversa, principalmente o início, onde foi esclarecido o motivo da reunião.

Por questões legais e para não prejudicar as apurações, o Comando da PM não pode entrar em detalhes sobre os fatos, entretanto deve-se esclarecer que todo o desdobramento se deu em virtude da omissão da equipe de serviço, entre eles o Policial que foi preso, no atendimento de uma ocorrência na madrugada de quinta (20/11/14) para sexta feira (21/11/14).

A equipe de serviço, além de ter recolhido a viatura a meia noite (00H) e ido dormir, só voltando ao serviço às 07 horas da manhã, já a uma hora do término do plantão, deixou de atender uma solicitação, por volta das três horas da manhã, inclusive, conforme declarações da solicitante, quem a atendeu foi grosseiro, e que ao ir até o prédio do quartel, encontrou tudo as escuras.

O comandante ao ser procurado pela solicitante a ouviu em termos de declarações e instaurou procedimento para apurar a omissão da equipe de serviço e paralelo a isso realizou uma reunião com o efetivo envolvido para cobrar explicação e dar orientações, sendo que a tropa apresentou justificativas pífias, mudando versões ao passo que lhes era conveniente, fazendo com que esse Oficial passasse a fazer uso de seu poder hierárquico e limitando a reunião a sua fala.

Como já mencionado, maiores dados não podem ser fornecido por questões legais, mas virão a tona quando o procedimento administrativo for concluído. Importante salientar que todas essas manifestações são tentativas de barrar a apuração da omissão dos policias, bem como, represálias a este Oficial Comandante que vem afastando policiais militares envolvidos com ilícitos na região, inclusive transferindo e prendendo em flagrante policiais envolvidos com contrabando de cigarros na região (militares e civis).

Importante ressaltar que muitas informações não podem ser repassadas, sob pena de prejudicar investigação. De qualquer forma este oficial tem um passado de mais de 12 (doze) anos na corporação, sempre em funções de chefia ou comando, colhendo ao longo dos anos elogios e condecorações e nunca sofreu qualquer tipo de punição como se teve noticiado em alguns veículos de comunicação. Respeitamos o papel da imprensa e por isso nos prestamos a fazer o presente esclarecimento.

Apenas ressalvando que ela deve ser precavida para que maus intencionados não façam dela uma ferramenta para desviar o foco da questão, ou seja, a omissão de policias no atendimento de ocorrências, bem como as represálias de policiais corruptos que estão respondendo processos administrativos e penais, inclusive com a possibilidade de serem expulsos da Corporação.

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