Criança quebrou a perna no mesmo Ceinf com denúncia de agressões, diz mãe

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Criança quebrou a perna no mesmo Ceinf com denúncia de agressões, diz mãe

Um menino de dois anos sofreu fratura no fêmur enquanto estava no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Maria Cristina Ocáriz de Barros, localizado no Jardim Tijuca II, em Campo Grande, mesmo lugar onde uma servidora foi demitida depois de ser denunciada por maus-tratos em maio de 2016. A denúncia foi feita pela ex-recreadora Iara Freitas da Silva, de 35 anos, que pouco tempo depois também foi desligada.

Rosemar Dias de Souza, de 31 anos, mãe do menino, diz que no dia 24 de maio deixou o filho no Ceinf e pouco depois recebeu uma ligação da diretora do local pedindo que ela retornasse porque a criança estava machucada. "Eu deixei ele e fui para o centro, pouco depois de descer do ônibus a diretora me ligou e disse que ele tinha escorregado e caído, mas que não era nada grave", relata.

Conforme os relatos, antes de chegar ao Ceinf, Rosemar recebeu uma segunda ligação dizendo que o menino estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida.

"Quando cheguei estavam segurando meu filho com uma coberta sobre a perna dele. Pedi para segurar ele e disseram que era melhor não porque estava dormindo. Quando entramos na sala, a médica tirou a coberta e a perna dele estava como uma bola enorme. Na hora a médica pediu raios-X porque sabia que ele tinha fraturado o fêmur. Fizemos o exame que constatou que ele tinha quebrado a perna em uma parte e trincado em outra próximo da bacia”, afirma.

No mesmo dia a criança foi transferida para a Santa Casa. Segundo Rosemar, ao ser questionada sobre a fratura a diretora alegou que a criança havia escorregado, porém, apresentou uma segunda versão, afirmando que o menino caiu de um pula-pula, que de acordo com ela, foi retirado do Ceinf pouco depois do acidente. “Preciso saber o que aconteceu com o meu filho. Ele estava sob os cuidados deles”, frisa.

O menino passou por cirurgia no mesmo dia do acidente. Rosemar explica que por conta da fratura o filho pode sofrer sequelas. “Os médicos disseram que ele corre o risco de ficar com uma perna maior que a outra.” Dias depois da criança passar pela primeira cirurgia, Rosemar registrou um boletim de ocorrência contra o Ceinf na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

“Quero justiça. Confiei em deixar o meu filho lá e eles precisam pagar pelo o que aconteceu”, frisa. 

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