Em Campo Grande golpista se passa por filha e pai finge cair: “vou sacar e vamos embora juntos”

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Pai conversa com o golpista que tenta de tudo para conseguir a transferência (Foto: Reprodução)
Pai conversa com o golpista que tenta de tudo para conseguir a transferência (Foto: Reprodução)

Dois minutos depois de falar com a filha por ligação, um eletrotécnico, de 47 anos, morador em Campo Grande, recebeu uma mensagem por WhatsApp da jovem pedindo dinheiro para consertar o celular. O intervalo entre a ligação e a mensagem foi o detalhe que fez o pai perceber que se tratava de uma tentativa de golpe.

E o homem fingiu cair, até que o golpista desistiu. O pai conta que estava trabalhando quando recebeu a mensagem, supostamente da filha, pedindo dinheiro para consertar o celular. "A gente já está calejado, cansa de ver reportagem desses golpes. Eu me atentei ao detalhe de que havia falado com ela tinha dois minutos".

O trabalhador fingiu ter acreditado e ainda deu uma bronca: "de novo, novinho seu celular, você está muito descuidada". Durante a conversa, a jovem afirma que o técnico deu uma olhada no celular e que conseguiria arrumar, no entanto, alegou que só tinha dinheiro no aplicativo do aparelho. "Pode fazer o pagamento? Assim que pegar meu celular te reponho, ficou 823 a troca da tela", pediu.

O pai responde: "vou ai e passo o cartão, onde você está?".A suposta filha reluta: "ele falou que esse valor é somente à vista porque a tela é original". Já desconfiado, o homem afirma que então passaria no cartão de débito, mas a jovem continua insistindo que ele faça uma transferência bancária. "Prefiro sacar e levar o dinheiro, bom que já vamos embora juntos", responde o pai. Para tentar evitar, a jovem diz que já está em um carro de aplicativo e manda dados de uma conta bancária.

O homem continua afirmando que vai sacar o dinheiro. "Já faz o depósito, é muito mais simples, está dificultando tudo", diz a última mensagem do golpista. O eletrotécnico parou de responder nesse momento. Ele afirmou que os detalhes na conversa fizeram com que ele se atentasse de que se tratava de um golpe. "Se realmente fosse minha filha, ela não iria negar que eu fosse ao encontro dela. E outra, a gente havia acabado de se falar por ligação. Decidi divulgar o caso porque tem muita gente que cai ainda, às vezes a pessoa está preocupada, com outros problemas, fica nervosa e não presta atenção que pode ser golpe", alerta.

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