Evitar gravidez pode ser 'mal menor', diz Papa sobre ameaça do zika

Pontífice se referiu a métodos contraceptivos como 'mal menor'. Ele afirmou que recorrer ao aborto nesses casos seria um crime.

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Papa no voo entre o México e Roma ((Foto: AP/Alessandro Di Meio))
Papa no voo entre o México e Roma ((Foto: AP/Alessandro Di Meio))

O Papa Francisco mencionou no dia ontem (18), a possibilidade de se usar métodos contraceptivos "como um mal menor" pelo risco que o vírus da zika impõe sobre as grávidas, em declarações no avião que o levou do México a Roma.

Francisco deixou aberta a possibilidade de usar esses métodos ao lembrar que o papa "Paulo VI em uma situação difícil na África (a guerra no Congo belga) permitiu que as freiras usassem anticoncepcionais para casos nos quais foram violentadas", explicou.

O pontífice afirmou que "o aborto não é um mal menor: é um crime. É eliminar um para salvar o outro. É o que faz a máfia", disse aos 76 representantes de meios de comunicação internacionais que viajaram junto com ele.

"O aborto não é um problema teológico: é um problema humano, é um problema médico. Se assassina uma pessoa para salvar outra no melhor dos casos. Vai contra o juramento hipocrático que os médicos devem fazer", acrescentou.

Por outro lado, o papa opinou que "evitar a gravidez não é um mal absoluto", pois "em certos casos, como neste, como no de Paulo VI, era claro". Francisco fez ainda um pedido "aos médicos para que façam de tudo para encontrar as vacinas contra estes mosquitos que transmitem esta doença".

 

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