Irmãs que moram em bairros vizinhos de Campo Grande se reencontram após 33 anos

  • Midia Max

As irmãs Madalena José de Souza, 38 anos, e Carmelina José de Souza, 50 anos, não se viam há 33 anos, apesar de morar em bairros próximos. A primeira vive no bairro Jardim Paulista e a outra no Jardim Rouxinóis, ambos na região sul de Campo Grande. “A gente pega os mesmos ônibus, andamos pelo centro da cidade e nunca nos encontramos”, se surpreende a irmã mais velha.

O reencontro foi possível apenas, nesta sexta-feira (29), nas dependências da 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, após investigações da delegada Maria Campos. Porém, quem merece os créditos pelo encontro é o marido da cozinheira Madalena, o segurança Nilson Fernando Correa, 34 anos, que foi quem tomou a iniciativa de procurar a polícia.

“Ela não tinha família aqui em Campo Grande e estava se sentido muito sozinha. Como ela falava sempre desta irmã, resolvi vir até a delegacia para tentar encontrar”, afirma.

Entusiasmado com a notícia, o segurança fez mistério sobre o reencontro para a esposa. “Ele me disse que queriam pegar um depoimento meu na Delegacia da Mulher. Eu estranhei, porque na verdade a delegacia não é aqui. Depois ele me mandou uma mensagem dizendo para que preparasse meu coração. Aí desconfiei”, afirma.

A surpresa foi marcada por lágrimas e recordações da infância, como o corte torto de cabelo da irmã caçula e as fotos de pai e mãe que foram divididas com a separação. A curiosidade de conhecer os três sobrinhos também entusiasmou Marlene.

As irmãs perderam o contato ainda crianças, após a separação dos pais. Madalena foi embora com a mãe, e Carmelina, que já morava em Campo Grande, não as encontrou mais ao visitar a casa do pai no distrito de Camisão, próximo à cidade de Aquidauana, distante 143 quilômetros da Capital.

Madalena conta que até os 12 anos morou em várias fazendas no interior do Estado com a mãe e o novo marido, o que dificultou manter contado. Há oito anos ela, se mudou para Campo Grande. Pouco antes de morrer, sua mãe pediu para que a ela procurasse pelos quatro irmãos deixados com o pai. Ao encontrar a copeira Carmelina, o contato será reestabelecido também com os outros irmãos.

De acordo com a delegada, Marta Campos, este é o sexto reencontro promovido nesta semana. “Nossa meta é realizar 45 reencontros até o Natal”, afirma. Só no ano de 2013 foram 145 reencontros entre familiares realizados pela investigadora.