Jogo de ‘empurra’ da saúde faz com que douradense fique sem sonda enteral

  • Karina Veríssimo
Jogo de ‘empurra’ da saúde faz com que douradense fique sem sonda enteral

Embora o direito ao acesso à saúde esteja garantido pela Constituição Federal as pessoas sofrem diariamente com a falta dela. A crise na saúde pública de Dourados só se agrava a cada dia e cotidianamente notícias sobre o descaso e o mau atendimento na rede são publicadas. Desta vez, a queixa é da douradense Rosalina Alves de Oliveira que necessita de atendimento para sua filha Elaine Cristina Alves de Oliveira, 35 anos, que com uma freada brusca no ônibus ao qual estava, bateu com cabeça e teve sérios danos.

A rotina de Rosalina é severa. A filha usa fraldas, não anda mais, não fala, só se alimenta e toma remédios por sonda e, como se já não bastasse todo o sofrimento, ainda é obrigada a conviver com o mau humor de alguns funcionários do PAM e do Hospital da Vida. Segundo Rosalina, tudo começou quando a sonda de alimentação enteral de Elaine caiu, foi onde começou o jogo de ‘empurra’ para recoloca-la.

“Fui ao primeiramente ao PAM, mas lá só tinha uma enfermeira e disseram que não poderiam me atender porque ela estava ocupada. Saí de lá e fui ao Hospital da Morte, mas lá disseram que tinham casos mais graves do que o da minha filha e me mandaram voltar ao PAM”, disse a mãe indignada. Com um sentimento de revolta e de humilhação, Rosalina afirma que se sente “um ninguém por não ser atendida, mesmo sendo pagadora de todos os seus impostos”.

“Sei que a reportagem não vai resolver o descaso com a população, mas, pelo menos, fica mais um caso registrado da baderna que está tudo isso. É uma vergonha”, finalizou.

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