Membros alemães do EI serão julgados por crimes de guerra

Os combatentes alemães do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria podem ser julgados ao voltar ao seu país por crimes de guerra, informou neste domingo o jornal Welt am Sonntag, que afirma que o Ministério Público já abriu investigações neste sentido.
Segundo o semanário, que não cita suas fontes, o Ministério Público Federal investiga ao menos dois casos por crimes de guerra, uma acusação passível de prisão perpétua. Uma das investigações teria como alvo, segundo o jornal, Denis Cuspert, um ex-rapper de Berlim e um dos islamitas originários da Alemanha mais conhecidos.
Interrogada pela AFP, uma porta-voz do Ministério Público não quis fazer comentários.
O Welt am Sonntag explica que até agora os islamitas que voltavam à Alemanha depois de terem combatido junto ao EI se expunham a ser julgados por "participação em atos de violência grave ameaçando um Estado" ou "apoio a uma organização terrorista", passíveis apenas de dez anos de prisão.
Segundo a imprensa, os serviços de inteligência estimam em 600 o número de jihadistas que partiram da Alemanha à Síria.