'Uma fatalidade. Perda incrível', diz namorado de brasileira achada morta no Chile

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Giovanna Elias Bardi, de 35 anos, viajava sozinha pelo Chile - Foto: Reprodução/Facebook
Giovanna Elias Bardi, de 35 anos, viajava sozinha pelo Chile - Foto: Reprodução/Facebook

No Chile para acompanhar a investigação e repatriar o corpo da namorada, encontrada sem vida em um quarto de hotel de Santiago no sábado, Leandro Bonello diz acreditar que Giovanna Elias Bardi, de 35 anos, morreu em uma "fatalidade". Segundo ele, a moradora de Sorocaba, em São Paulo, tinha episódios ocasionais de desmaio e queda de pressão após comer determinados alimentos.

Pelo que ouviu da polícia local, Bonello crê que a namorada tenha passado mal e morrido sem a ajuda necessária.

— Ela, às vezes, dependendo da comida, tinha 'dumping'. Causava desmaios e queda de pressão. Tudo indica que desmaiou e não foi acudida. Com o tempo, veio a óbito — destacou ao GLOBO Bonello, na manhã desta terça-feira.

A causa da morte ainda é oficialmente desconhecida.

Giovanna, que viajava sozinha pelo Chile , fez contato pela última vez com a família na noite de quinta-feira. Depois, parou de responder mensagens e atender ligações. Preocupados, os parentes entraram em contato com o hotel no qual ela estava hospedada na capital chilena. Ela foi encontrada já morta no quarto.

Giovanna não tinha diagnóstico de Síndrome de Dumping, segundo Bonello. Na síndrome, característica em pacientes submetidos a cirurgias gástricas, alimentos de grande concentração de gorduras e açúcares passam rapidamente do estômago para o intestino. Com isso, causam sintomas como dor de cabeça, taquicardia, náuseas, fraqueza e diarreia. Portadores precisam de acompanhamento médico. Giovanna realizou uma cirurgia bariátrica "há muito anos", diz o namorado.

Desde que começaram a namorar, em 12 de maio, Bonello diz que acudiu a namorada uma vez. Na ocasião, não precisou levá-la ao hospital "pois não foi muito forte". Segundo ele, Giovanna já havia passado por uma situação mais grave, mas estava acompanhada.

— Alguns exames levam meses. Mas, pelo que a polícia nos passou, encaixa com isso. Uma fatalidade. Perda incrível. Estávamos muito felizes — destacou.

A família já iniciou os trâmites para o translado do corpo de volta ao Brasil.

Em maio, seis brasileiros da mesma família foram encontrados mortos em um apartamento alugado em Santiago. Eles foram intoxicados por monóxido de carbono após um vazamento de gás no imóvel. No começo de junho, duas crianças brasileiras perderam a vida em um dos principais pontos turísticos do inverno chileno, atingidas por um deslizamento de rochas perto do reservatório de Yeso.


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