27 morrem no Irã por crer em fake news contra o coronavírus

  • Extra/Globo

Vinte e sete pessoas morreram intoxicadas no Irã após beber álcool adulterado, acreditando numa fake news de que as bebidas alcoólicas ajudam a curar o novo coronavírus, informou nesta segunda-feira a agência oficial iraniana Irna.

O Irã é o terceiro país do mundo mais afetado pela epidemia, depois da China e da Itália, com um saldo até agora de 237 mortos.

O consumo e a venda de álcool são proibidos no Irã, mas a mídia local frequentemente fala sobre intoxicações mortais com álcool de contrabando.

Segundo a agência Irna, 20 pessoas morreram na província de Khuzestán (sudoeste) e as outras sete na província de Alborz, perto da capital Teerã.

Libertação de 70 mil prisioneiros

O governo do Irã libertou aproximadamente 70 mil detentos por conta da epidemia de coronavírus no país. O anúncio foi feito pelo chefe do Judiciário persa, Ebrahim Raisi, nesta segunda-feira. Também nesta manhã, o país confirmou que o número de mortes por Covid-19 chegou a 237 e o de contágios, a 7.161.

No último dia 4, o Irã liberou outros 54 mil prisioneiros cujos exames deram negativo para a presença do coronavírus e com penas menores do que cinco anos. Com isso, já passa de 120 mil o número de detentos que deixaram as penitenciárias iranianas. Na ocasião, a medida foi justificada como um esforço para evitar a disseminação da Covid-19 nos presídios lotados.

— A liberação de prisioneiros continuará até que isso represente a instauração da insegurança na sociedade — declarou o chefe do Judiciário nesta segunda-feira.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.