Detetive particular é suspeito de ter contratado matadores da própria esposa
No fim de semana do crime, ele foi preso em flagrante com arma de fogo, mas acabou liberado após pagar fiança no valor de R$ 2,2 mil

O detetive particular Givaldo Ferreira dos Santos, de 62 anos, foi conduzido na tarde desta terça-feira (22) até o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil suspeito de ser o contratante dos homens que executaram a própria esposa em Dourados.
Saiba mais:
-Mulher de detetive é morta com tiro na cabeça e polícia suspeita de emboscada
Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, foi morta com um tiro na cabeça em uma área aos fundos do bairro Vival dos Ipês no final da tarde de sábado (19).
O marido da vítima foi levado à delegacia às 16h de hoje por policiais civis que apuram se ele contratou pelo menos três pessoas para a execução. As motivações do crime ainda são apuradas.
Na manhã de hoje os investigadores chegaram até um homem que teria confessado participação no homicídio e apontado o detetive particular como contratante.
Além disso, uma mulher que teria atraído a vítima para a emboscada mortal é procurada e estaria em fuga para Campo Grande.
No fim de semana do crime, Givaldo Ferreira dos Santos foi preso em flagrante indiciado no artigo 12 da Lei de Armas, por “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”.
Embora o crime tenha pena prevista de detenção, de um a três anos, e multa, o detetive particular foi liberado mediante pagamento de fiança no valor de R$ 2.200,00.
Na segunda-feira (21), o juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias, da 2ª Vara Criminal de Dourados, homologou o flagrante, mas considerou não ser necessária em prisão preventiva, “considerando a ausência dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, porquanto trata-se de cidadão com residência fixa e trabalho lícito, inexistindo informação de que sua liberdade gerará perigo à sociedade”.