Detetive particular é suspeito de ter contratado matadores da própria esposa

No fim de semana do crime, ele foi preso em flagrante com arma de fogo, mas acabou liberado após pagar fiança no valor de R$ 2,2 mil

  • André Bento e Sidnei Bronka
Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, foi morta com um tiro na cabeça em uma área aos fundos do bairro Vival dos Ipês no final da tarde de sábado (Foto: Sidnei Bronka)
Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, foi morta com um tiro na cabeça em uma área aos fundos do bairro Vival dos Ipês no final da tarde de sábado (Foto: Sidnei Bronka)

O detetive particular Givaldo Ferreira dos Santos, de 62 anos, foi conduzido na tarde desta terça-feira (22) até o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil suspeito de ser o contratante dos homens que executaram a própria esposa em Dourados.

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Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, foi morta com um tiro na cabeça em uma área aos fundos do bairro Vival dos Ipês no final da tarde de sábado (19).

O marido da vítima foi levado à delegacia às 16h de hoje por policiais civis que apuram se ele contratou pelo menos três pessoas para a execução. As motivações do crime ainda são apuradas.

Na manhã de hoje os investigadores chegaram até um homem que teria confessado participação no homicídio e apontado o detetive particular como contratante.

Além disso, uma mulher que teria atraído a vítima para a emboscada mortal é procurada e estaria em fuga para Campo Grande.

No fim de semana do crime, Givaldo Ferreira dos Santos foi preso em flagrante indiciado no artigo 12 da Lei de Armas, por “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”.

Embora o crime tenha pena prevista de detenção, de um a três anos, e multa, o detetive particular foi liberado mediante pagamento de fiança no valor de R$ 2.200,00.

Na segunda-feira (21), o juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias, da 2ª Vara Criminal de Dourados, homologou o flagrante, mas considerou não ser necessária em prisão preventiva, “considerando a ausência dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, porquanto trata-se de cidadão com residência fixa e trabalho lícito, inexistindo informação de que sua liberdade gerará perigo à sociedade”.


Comentários
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  • Evaldo

    Evaldo

    Acho que a atuação de um detetive no campo da infidelidade conjugal não tem nada de nobre. Afinal ele está recebendo para entrar na vida de uma pessoa que ele não conhece e não é vítima para denunciar o erro. Obviamente não é motivo para matar ninguém mas o que esperar se vocè lucra com desgraça dos outros.

  • Clarismindo Gomes Lameiro Filho

    Clarismindo Gomes Lameiro Filho

    Ok! Boa noite lamentável triste fato ocorrido nesta ocorrência hein!!!.

  • Ezael de Souza Mamede

    Ezael de Souza Mamede

    Infelizmente a Lei nº 13.432, de 11 de abril de 2017 que fala sobre a profissão e reconhecimento do detetive particular deixa muita coisa a desejar, principalmente na questão de formação e fiscalização deste profissional, hj qualquer um faz um cursinho por correspondência e já se julga o 007, infelizmente querendo ou não este profissional merecia ser mais bem preparado, e ter orgão fiscalizador de classe, muito triste ver agora tal situação real e ver que o autor se dizia detetive particular, como as portas estão abertas para qualquer um que se acha o 007, nossa autoridades deveria no mínimo exigir destes bons antecedentes, nível superior na área ou em outra área ligada ao direito pois profissionais da investigação querendo ou não tem que conhecer nossas leis seja ela a nossa constituição, código penal brasileiro, código civil brasileiro e outros, mas infelizmente ainda falta muito a ser conquistado, mas graças a Deus hj já temos bons profissionais que atuam na área da investigação, como ex agentes de policia, advogados, ex delegados de policia etc. faço aqui meu apelo que nossas autoridades constituidas façam uma revisão mais rigida na lei de 2017 que fala sobre a profissão de detetive particular. ass. Ezael de Souza Mamede, gestor em segurança publica e privada registro de conselho sob o numero CNGS 2526 P0051, nivel superior em gestão de investigação particular e inteligência privada, MBA em segurança executiva.

  • Detetive Edson Frazão

    Detetive Edson Frazão

    Não descarto as impressões em que os policiais estão conduzindo as investigações. Porém temos que ressaltar que nos detetives muita das vezes por investigar e descobrir traição de pessoas, recebemos muitas ameaças. Portanto, sem querer dúvidar dos policiais, acho que temos que saber que isso pode ser armação de um concorrente dele, um antigo trabalho em que a vítima quer vingança. Isso compete a polícia descobrir, esperamos que tudo esteja esclarecido. Fica aí minha opinião.

  • Paulo Almeida

    Paulo Almeida

    Eu achei muito estranho a morte dessa senhora, como foi encontrada a filha e da forma que foi na matéria da reportagem. Sei também que existem muitas covardias ao qual nos estamos sujeitos. Mas, eu nunca tomei conhecimento e vi isso acontecer no primeiro encontro com cliente. Existe algo a mais por traz disso tudo que desencadeou. Que a polícia conduz essa investigação até o esclarecimento de fato. Lamentável!

  • Maykon

    Maykon

    Decepção, descontrole, olho grande.
    Lamentável