Mãe de assassino que matou por rixa entre família em MS sonha com fim da briga de oito anos

Maria Lúcia, que atualmente mora com uma filha de 15 anos, afirma que já está na hora de acabar com as diferenças

Maria Lúcia da Cruz, de 42 anos, é mãe de Breno Félix da Cruz, de 23 anos, acusado de ter assassinado Rogério dos Santos Rocha, o Jabá, no dia 4 de agosto deste ano. A tragédia é mais um capítulo em uma briga de família que começou oito anos atrás. A mulher diz que dará apoio total ao filho.

Lúcia afirma que, se for para o filho pagar por seu ato, está pronta para assimilar o que ela considera um golpe. “Está nas mãos da Justiça e de Deus. Se for para ele pagar estou pronta para dar apoio. Eu serei o manto dele”, afirmou.

O crime aconteceu no dia 4 de agosto, quando Breno e Rogério se encontraram no campo conhecido como Poeirão, na Vila Marli. A rixa entre as famílias é antiga. Vem de oito anos atrás, quando um irmão de Breno, por parte de pai, matou um irmão de Jabá, conhecido como Neguinho.

As provocações seguiam e em janeiro deste ano, Breno foi atingido por um tiro na boca durante uma festa no bairro e acusou Sassá, outro irmão de Jabá pelo atentado.

Jabá, que cumpria pena por vários crimes, estava gozando do benefício de ficar sete dias com a família. Neste período, no dia 4 de agosto, teria ido ao campo de futebol , feito constantes ameaças a Breno. Este, armado, desferiu três tiros, matando o rival.

Depois do crime Breno fugiu e apresentou-se três dias depois, entregando a arma. Como escapou do flagrante, espera o julgamento, que não tem data marcada, em liberdade.

A família de jabá chegou a fazer um protesto na praça Ari Coelho há alguns dias e os parentes afirmam que Breno quer se passar por herói no bairro, posando de valentão.

No entanto, esta é a maior preocupação de Maria Lúcia, que afirma que o filho está morando longe do bairro, justamente para que não fique a impressão que está provocando a família de Jabá.

“O Breno é do bem. Não tem passagem pela polícia e sua preocupação, além do filho era com o esporte. Estava com uma arma porque depois que levou o tiro na boca sentia-se ameaçado. Eu sabia da arma, mas ele me disse que era para sua defesa, mas sempre fui contra. Mas por aquilo que me falaram do episódio com Jabá ele foi muito provocado e se não tivesse atirado quem morreria era ele”, afirmou a mãe.

Maria Lúcia, que atualmente mora com uma filha de 15 anos, afirma que já está na hora de parar a rixa com a família de Jabá, já que ambas convivem no mesmo bairro. “Vamos deixar que a Justiça da terra e a divina cuidem do caso. Sei que é doloroso para a família dele, mas também estou sofrendo com aquilo que pode acontecer com meu filho. De qualquer forma estou pronta para enfrentar tudo o que for decidido”, afirmou.