Mãe de 27 anos é suspeita de negociar recém-nascida ainda na maternidade

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) investiga, desde segunda-feira (20), a negociação de uma recém-nascida, antes mesmo da alta hospitalar, em Campo Grande. A mãe de 27 anos estaria vendendo a bebê para uma esteticista de 38 anos.

Conforme a delegada Marília de Brito Martins, as duas mulheres moram no Bairro Coophatrabalho, mas não possuem vínculos de amizade ou de emprego. Elas teriam sido apresentadas por uma terceira pessoa, e segundo a delegada, o crime foi descoberto após denúncia de funcionários da maternidade Cândido Mariano.

"Assim que recebemos a informação diligenciamos imediatamente ao hospital e nos deparamos com a suposta compradora, como acompanhante da mãe da bebê. A mãe confirmou a doação da filha e a suposta compradora negou que pagaria pela criança", relatou.

A mãe da criança já tem outro filho, que não teve a idade revelada, e disse à polícia que não teria condições e manter uma nova criança. A suspeita tem um companheiro, mas a criança seria filha de outra pessoa. Na residência, a polícia não encontrou nada para a recém-nascida. Diferente da casa da suposta compradora, que já estava preparada para o recebimento de um novo bebê.

Apesar de ambas negaram a compra/venda, a polícia acredita que havia, de fato, uma negociação. "A mãe da bebê já estava se beneficiando da negociação. Ela já havia se mudado para uma casa próxima a da compradora, e o aluguel, inclusive, foi pago pela suposta compradora da criança".

A suposta compradora também tem um companheiro e filhos. Caso se confirme a negociação, as duas podem ser indiciadas por prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Se condenadas, elas podem ficar presas por um período de dois a quatro anos.

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