Militar mata filho autista e agride mulher: "carga tá grande demais"

Um subtenente do Exército Brasileiro é suspeito de assassinar o filho autista de 9 anos com tranquilizantes e de agredir a esposa, obrigando-a a tomar a mesma medicação. Depois, ele mesmo tomou o remédio em uma tentativa de tirar a própria vida. O caso foi em Fortaleza na madrugada da terça-feira (11).

Segundo a Tribuna do Ceará, o militar Francilewdo Bezerra chegou a publicar uma mensagem no Facebook falando do fato. !Temos dois filhos especiais. Vou levar um comigo. Obriguei ela (a mulher) a a beber vinho com seus tranquilizantes para dormir e não ver o que vou fazer. Me perdoem, família, mas a carga tá grande demais, e não aguento mais sofrer calado vendo essa mulher se anular há 10 anos", escreveu.

O subtenente diz no texto que a mulher passou a tratá-lo mais como irmão e depois pediu o divórcio. Ele diz que ela teria um caso extraconjugal. "Sei que ela nunca escondeu ser casada, e abdicou a vida pelos filhos. Queria morrer ao lado dela (…) Eu a machuquei muito, eu enlouqueci. Quem ver essa postagem veja se ainda há jeito de salvá-la", disse.

A mulher sobreviveu, mesmo tomando a medicação, mas o filho não resistiu e morreu. O está internado em estado grave no Hospital Geral Militar.

Crime

De acordo com a polícia, o remédio usado foi um anticonvulsivo tranquilizante, remédio de tarja preta. Em depoimento, a esposa do militar disse que o filho era autista. Ela disse também que não sabe o que motivou os crimes.

O militar foi autuado por homicídio, lesão corporal e violência doméstica, seguindo a Lei Maria da Penha. A polícia aguarda a melhora dele para que preste depoimento.