Novo governador será engenheiro ou empresário e de longa estrada política

Novo governador será engenheiro ou empresário e de longa estrada política

Mato Grosso do Sul vai, neste domingo (26), às urnas para eleger o novo governador. Na disputa, estão um engenheiro elétrico e um empresário do agronegócio, ambos com experiência política de pelo menos 12 anos.

Candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja começou a faculdade e precisou abdicar do projeto para substituir seu pai no comando dos negócios da família. O patriarca acabou falecendo e o filho ficou de vez em Maracaju para administrar as propriedades rurais, que garantiram ao tucano patrimônio de R$ 37,8 milhões.

De sucesso empresarial, casado e pai de três filhos, ele foi em busca de novos desafios e, em 1996, se elegeu, pela primeira vez, prefeito de Maracaju. Em sua gestão, Reinaldo diz que tirou o município da 12ª posição e o transformou na 5ª maior economia do Estado. Quatro anos depois, foi reeleito e, no segundo mandato, assumiu a presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

Em 2007, disputou vaga de deputado estadual e foi eleito com a maior votação da época. Participou de oito comissões no legislativo, entre elas a CCJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação), a mais importante da Assembleia.

Quatro anos depois, assumiu a cadeira como deputado federal e levantou bandeira em defesa do agronegócio, um dos principais segmentos econômicos do Estado. No período, ajudou a formar a Frente Parlamentar do Agronegócio, principalmente, em busca do fim dos conflitos indígenas.

Reinaldo também comandou o diretório estadual do PSDB em 2007 e foi reconduzido ao cargo em 2011. A sua última disputa eleitoral foi em Campo Grande, quando concorreu a prefeitura e ficou na terceira colocação, obtendo 25,90% dos votos.

Delcídio - Representante do PT na corrida eleitoral, Delcídio do Amaral é engenheiro elétrico de formação, casado e pai de três filhas. Começou a carreira na hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. A experiência o levou para Europa, mais especificamente para a Holanda, onde foi um dos diretores da petroleira Shell.

O ingresso na vida pública aconteceu na volta ao país, quando assumiu a Eletrosul, em 1991. Em seguida, em 1994, foi primeiro secretário executivo e depois ministro de Minas e Energia, no governo do ex-presidente Itamar Franco.

De 1995 a 1996, foi presidente do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce. Voltou para Eletrosul em 1999, de onde saiu para assumir a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Cargo que ocupou até o final de 2001, quando foi convidado pelo então governador, Zeca do PT, para ser o secretário de Estado de Infra-Estrutura e Habitação.

Em 2002, Delcídio foi a aposta do PT para a disputa do Senado, à época contra o ex-governador Pedro Pedrossian. Foi eleito senador, por oito anos com 500 mil votos.

Quatro anos mais tarde, em 2006, disputou com André Puccinelli (PMDB) o Governo do Estado, acabou derrotado e voltou para o Congresso. Em 2010, foi reeleito senador da República por Mato Grosso do Sul com mais de 826 mil votos.

Em 12 anos de Senado, Delcídio comandou a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que culminou com denúncia do 'mensalão'. Também presidiu e hoje é membro da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e é membro efetivo das Comissões de Serviços de Infraestrutura, Agricultura e Reforma Agrária, Ciência e Tecnologia, Ambiente e Defesa do Consumidor e da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

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