Pastores de MS participam de manifestação contra casamento gay em Brasília

Casamento gay hoje é permitido em 14 países. Ao todo, mais de 100 pastores de MS participam do movimento contra a união homossexual

Pastores e religiosos de todo o Brasil se reúnem em um protesto pacífico amanhã (5), às 15h, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para pedir o que chamam de a valorização da família “tradicional”. Mais de 100 pastores de Mato Grosso do Sul participarão do evento.

A manifestação tem o objetivo de se posicionar contra o casamento gay, o aborto e o Projeto de Lei 122, que categoriza a homofobia como crime. Os religiosos também pedem a liberdade de expressão nas igrejas. O público estimado é de, no mínimo, 30 mil pessoas.

“Também vamos manifestar contra a descriminalização das drogas”, disse o presidente do Conselho Estadual de Pastores, Ronaldo Batista, que já está em Brasília a espera dos outros sul-mato-grossenses que deverão sair de Campo Grande amanhã pela manhã, em voos comerciais e retornam no mesmo dia.

Segundo o vice-prefeito da Capital e também responsável por 36 igrejas evangélicas, Gilmar Olarte, o evento também visa protestar contra cerca de 190 projetos de lei que limitam o discurso religioso. “Esses projetos visam amordaçar os pastores, que defendem a família, faz com que você fique em silêncio, que servem para tolher os discursos de referência religiosa”, afirmou.

O evento também contará com a participação de vários líderes evangélicos, além dos cantores Talles Roberto, André Valadão, Aline Barros, Eyshila, Nani Azevedo, David Quinlan, Cassiane, e Bruna Carla.

Casamento gay no mundo

Permitido atualmente em 14 países, o casamento gay foi aprovado primeiro na Holanda e depois adotado por Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia, Argentina e Dinamarca e, recentemente, Uruguai, Nova Zelândia e França.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu em 2011 a união estável entre casais homossexuais e em maio de 2013 cartórios de todo o país começaram a serem obrigados a efetivar a celebração de casamentos civis de casais do mesmo sexo ou converter em casamento a união estável homoafetiva, conforme estabeleceu a Resolução n. 175, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).