Seguridade vai debater ações de conscientização sobre hepatites crônicas

A Comissão de Seguridade Social e Família promove nesta quinta-feira (8) audiência pública para debater as ocorrências de hepatites virais no Brasil. A audiência está marcada para as 9h30, no plenário 7.

O deputado Geraldo Thadeu (PSD-MG), que propôs o debate, assinala que é preciso avaliar o estágio atual das hepatites crônicas no Brasil, o tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso aos novos medicamentos e o estágio atual do Programa de Diagnóstico de Novos Casos.

O parlamentar lembra que em 28 de julho comemora-se o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites. “Esta casa, que já foi cenário de mobilizações por campanhas de conscientização e ações pela garantida da qualidade no atendimento aos portadores da doença, a exemplo de evento realizado em 2009, com testes de detecção da doença, vacinação, audiências e palestras, pode e deve apoiar as atividades que serão realizadas em todo o País.”

Registros de hepatites

De acordo com o Ministério da Saúde, de 1999 a 2011 (dados preliminares para o último ano), foram notificados 343.853 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença – A, B, C, D e E. São casos confirmados da doença, com pacientes que já apresentam sintomas.

O estudo é feito todos os anos nas capitais e no Distrito Federal, com a realização de exames por amostragem de pessoas. O tipo mais comum é a hepatite A que, nesse período, atingiu 138.305 pessoas. Em segundo, a hepatite B com 120.343 casos.

Entre as mortes atribuídas especificamente às hepatites virais no Brasil, o maior número registrado entre os anos de 2000 a 2011 foi decorrente da hepatite C, com 16.896 óbitos.

Em seguida, encontra-se a hepatite B, com 5.520 óbitos declarados. Estes números são extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Diagnóstico precoce e tratamento

Os testes de diagnóstico estão disponíveis em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), com teste rápido para triagem das hepatites B e C.

O diagnóstico precoce proporciona acesso ao tratamento em tempo adequado, o que previne as complicações da infecção crônica (cirrose, câncer e transplante de fígado). Dessa forma, a ampliação do diagnóstico significa mais notificações e estatísticas mais exatas.

O governo oferece, sem custo, seis medicamentos para o tratamento da hepatite B. Para a hepatite C, há cinco medicamentos disponíveis. Um deles, o tenofovir, é produzido no país desde 2011.

Atualmente estão em tratamento, na rede pública, cerca de 16 mil pacientes com hepatite B e cerca de 13 mil pacientes com hepatite C.

A infecção pelo vírus da hepatite A é na maioria das vezes benigna, com remissão espontânea, sem necessidade de tratamento medicamentoso.

Convidados

Foram convidados para o debate:
o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS);

o diretor do Departamento do Programa Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita;

o coordenador do Grupo Esperança de Santos (SP), Jeová Pessin Fragoso; e

o médico gastroenterologista Hoel Sette Júnior - São Paulo (SP).