‘Desacreditou, pulou’: testemunha relata assassinato na Avenida Marcelino Pires
Crime ocorrido na manhã de domingo em frente a uma galeria de lojas vitimou homem de 28 anos que foi baleado com tiro na testa

O assassinato de Diego Rodrigues de Oliveira, de 28 anos, morto na manhã de domingo (8) com um tiro na cabeça em frente a uma galeria de lojas na Avenida Marcelino Pires, via central de Dourados, foi motivado por uma discussão. Testemunhas informaram que após efetuar o disparo contra a vítima, Jeferson Ferreira da Silva, de 21 anos, passou na frente de quem viu o crime com a arma na mão e disse: “Viu, desacreditou, pulou, fiquem espertos”.
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O suspeito foi preso no mesmo dia pela Polícia Civil. E na segunda-feira (9) o juiz responsável pela 3ª Vara Criminal da comarca converteu a prisão em flagrante por preventiva. Após ouvir Jeferson durante audiência de custódia, o magistrado entendeu ter sido “provada a materialidade do delito e indícios de autoria” com base nos autos de prisão em flagrante, depoimentos de testemunhas e interrogatório.
“O indiciado possui condenação por ameaça, furto, receptação, tráfico de drogas e responde a ação penal por roubo, conforme antecedentes criminais. Logo, tudo indica que solto voltará a delinquir, em ameaça à sociedade. Ademais, não demonstrou atividade lícita, portanto, nada indica que permanecerá no distrito da culpa. As medidas cautelares não são suficientes, pois simples comparecimento em juízo e não se aproximar das testemunhas sem efetiva fiscalização policial e pela audácia do réu na prática do delito, restariam inócuas. Desse modo, para garantia da ordem pública, conveniência da instrução e aplicação da lei penal, deve-se decretar a segregação cautelar do réu”, determinou o juiz.

Ainda conforme o despacho judicial, testemunhas arroladas na ocorrência informaram que Diego teve uma discussão com um adolescente – apreendido no dia do crime - e com Jeferson. Em seguida, a vítima se afastou do local parando em frente ao jardim de uma loja na Avenida Marcelino Pires para urinar, momento em que um dos indivíduos chegou por trás dele e encostou a arma de fogo em suas costas.
Neste momento Diego ainda teria questionado: “Pra quê isso? (sic)”. “Foi quando o autor Jeferson efetuou um disparo que atingiu a testa da vítima acima do olho direito”, relata o magistrado na ata da audiência de custódia. Ainda com base nos depoimentos colhidos pelas autoridades policiais, foi apurado “que o autor do crime passou na frente das testemunhas com a arma em punho dizendo: 'viu, desacreditou, pulou, fiquem espertos'”.