Em nota, família pede respeito ao luto e humanidade após assassinato no cinema
Advogado diz que aguarda investigação e pondera que até agora só houve notícias com a versão do policial acusado pelo crime
Dois dias após o assassinato de Julio Cesar Cerveira Filho, 43 anos, a família dele divulgou nota na qual pede respeito ao luto e afirma ser momento de calma e humanidade enquanto o crime é investigado. A vítima foi morta na tarde de segunda-feira (8) com um tiro no peito, disparado pelo policial militar Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos dentro do cinema do shopping de Dourados.
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Divulgada nesta quarta-feira (10), a nota em nome da família de Julio é assinada pelo advogado Pedro Teixeira Silva.
“Diante da brutalidade do ato trágico ocorrido, a família informa que não irá se pronunciar por ora, de forma que pedimos respeito ao luto. O momento requer parcimônia, humanidade e sensibilidade, uma vez que os fatos estão sendo elucidados pela investigação e as notícias veiculadas dão conta tão somente da versão do acusado, autor do disparo que culminou nesta tragédia, exposta em seu depoimento à polícia civil”, pontua a nota de Pedro Teixeira Advocacia e Consultoria.
Responsável pelo inquérito policial, o delegado Francis Tadano, do 2º Distrito Policial, pretende colher os depoimentos de familiares da vítima a partir da próxima semana. Julio foi morto na frente da filha, de 16 anos, que precisou ser levada pelo Corpo de Bombeiros a um hospital da cidade por apresentar quadro de pressão alta e frequência cardíaca acelerada.
Preso em flagrante logo após o homicídio, o cabo da PM lotado na (Polícia Militar Ambiental) de Dourados foi autuado por homicídio simples e passa por audiência de custódia na tarde de hoje na 3ª Vara Criminal. Nessa ocasião o juiz decidirá se converte a prisão em flagrante para preventiva ou expede alvará de soltura.