Em um ano, Dourados perde sete árvores tombadas como patrimônio histórico
Diagnóstico da Arborização Urbana de Dourados apresentado em julho não cita um jequitibá e até uma Árvore Peltophorum Dubium

Apresentado na Câmara de Vereadores no dia 25 de julho, estudo elaborado pela Fapec (Fundação de Apoio a Pesquisa ao Ensino e a Cultura) para subsidiar o Plano Diretor de Arborização Urbana de Dourados mostra que o número de árvores tombadas como patrimônio histórico do município diminuiu desde 2018. São sete a menos.
Contratada pela prefeitura por R$ 162.000,00 através de dispensa de licitação, nem mesmo a fundação atentou-se para esse fato, conforme detalhado na ata da Apresentação Pública do Relatório Diagnóstico da Arborização Urbana de Dourados – Produto II do Plano Diretor de Arborização Urbana –, publicada na edição desta quarta-feira (11) do Diário Oficial do município.
Conforme a publicação, “sobre o patrimônio histórico”, a bióloga Aline da Conceição Gomes informou aos presentes “que foram identificadas 41 árvores tombadas no município, dentre as quais 39 são figueiras, 01 seringueira e 01 faveira”. Não houve mais detalhes na ata.
Contudo, a 94FM apurou que no Inventário Turístico de Dourados 2018, disponível no site da prefeitura, é informada a existência de 48 árvores tombadas como patrimônio histórico do município.
O documento descreve uma figueira na Rua Aniz Rasselem, BR-463 – Jardim Tropical, tombada pela Lei nº 1.293, de 01 de junho de 1984, e outras 33 figueiras tombadas pela Lei nº 75, 20 de dezembro de 1985 (12 na Rua João Cândido Câmara, entras as ruas João Vicente Ferreira de Oliveira Marques, mais 12 na Avenida Presidente Vargas, entre a avenida Marcelino Pires e a rua Onofre Pereira de Matos, e 9 na Rua João Rosa Góes, entre as ruas Joaquim Teixeira Alves e Cuiabá.
Também são mencionadas 9 figueiras tombadas como patrimônio pela Lei nº 2.571, de 17 de junho de 2003 e localizadas na Rua Vlademiro Muller do Amaral, número 274, e outras duas figueiras na Avenida Presidente Vargas, BR-156 Dourados-Itaporã (Lei nº 3.386, de 17 de junho de 2010).
O inventário turístico de 2018 cita ainda uma seringueira na Rua dos Missionários, esquina com a rua Joaquim Alves Taveira, tombada pela Lei nº 3.336, de 04 de janeiro de 2010, um jequitibá na Rua A-5, Parque Jequitibás (Lei nº 2.764, de 16 de agosto de 2005), e uma Árvore Peltophorum Dubium, tombada pela Lei nº 3.796, de 02 de junho de 2014 e localizada na Rodovia MS-156, KM 01, saída para Itaporã, lado esquerdo.