Justiça aceita denúncia contra acusado de assassinar jovem na Marcelino Pires

Crime ocorrido na manhã de 8 de abril na frente de uma galeria de lojas teria sido motivado por uma discussão; acusado está preso desde aquela data

Assassinato de Diego ocorreu na manhã do dia 8 de abril em Dourados (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)
Assassinato de Diego ocorreu na manhã do dia 8 de abril em Dourados (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)

A Justiça aceitou denúncia de homicídio simples oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra Jeferson Ferreira da Silva, de 21 anos. Preso desde 8 de abril, ele é acusado de assassinar naquele mesmo dia, com um tiro de arma de fogo na cabeça, Diego Rodrigues de Oliveira, de 28 anos. O crime ocorreu em frente a uma galeria de lojas na Avenida Marcelino Pires, via central de Dourados, e teria sido motivado por uma discussão.

Proferida na quarta-feira (2), decisão do juiz Cesar de Souza Lima, da 3ª Vara Criminal de Dourados, considera que depoimentos das testemunhas e exame necroscópico da vítima indicam que há indícios do cometimento do crime. O magistrado estabeleceu prazo de 10 dias para o denunciado responder a acusação. Transcorrido esse prazo, se não houver resposta, lhe será nomeado um defensor público.

Jeferson foi preso no dia do crime, apontado como autor do disparo que matou Diego (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Jeferson foi preso no dia do crime, apontado como autor do disparo que matou Diego (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Além de requisitar os antecedentes criminais do réu, o juiz também requereu à Unidade Regional de Perícia e Identificação exame de eficiência de arma de fogo e cápsulas apreendidas no local do crime. Ao Instituto Médico Legal, solicitou os esquemas de lesões na vítima e determinou ainda a realização de perícia na blusa e bicicleta apreendidas com o acusado, “assim como sejam submetidas a exame de confronto de perfil genético, a fim de constatar eventual presença de sangue de Diego Rodrigues de Oliveira”.

PRISÃO PREVENTIVA

Conforme já revelado pela 94FM, no dia 9 de abril esse mesmo magistrado havia convertido a prisão em flagrante por preventiva de Jeferson. Na ocasião, citou que “o indiciado possui condenação por ameaça, furto, receptação, tráfico de drogas e responde a ação penal por roubo, conforme antecedentes criminais”.

“Logo, tudo indica que solto voltará a delinquir, em ameaça à sociedade. Ademais, não demonstrou atividade lícita, portanto, nada indica que permanecerá no distrito da culpa. As medidas cautelares não são suficientes, pois simples comparecimento em juízo e não se aproximar das testemunhas sem efetiva fiscalização policial e pela audácia do réu na prática do delito, restariam inócuas. Desse modo, para garantia da ordem pública, conveniência da instrução e aplicação da lei penal, deve-se decretar a segregação cautelar do réu”, ponderou à ocasião.

DESACREDITOU, PULOU

Vítima morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)
Vítima morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo)

Naquele mesmo despacho, o juiz citou depoimentos de testemunhas do crime, que informaram ter havido uma discussão entre Diego, um adolescente – apreendido no dia do crime - e Jeferson. Conforme o relato feito na audiência judicial, em seguida a vítima se afastou do local parando em frente ao jardim de uma loja na Avenida Marcelino Pires para urinar, momento em que um dos indivíduos chegou por trás dele e encostou a arma de fogo em suas costas.

Neste momento Diego ainda teria questionado: “Pra quê isso? (sic)”. “Foi quando o autor Jeferson efetuou um disparo que atingiu a testa da vítima acima do olho direito”, relata o magistrado na ata da audiência de custódia. Ainda com base nos depoimentos colhidos pelas autoridades policiais, foi apurado “que o autor do crime passou na frente das testemunhas com a arma em punho dizendo: 'viu, desacreditou, pulou, fiquem espertos'”.


Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.