Justiça mantém preso policial que matou homem em briga no cinema de Dourados

Além de converter a prisão em flagrante para preventiva, juiz negou pedido da defesa para manter cabo na PMA, onde é lotado, e determinou transferência para Campo Grande

Policial passou por audiência de custódia no Fórum de Dourados (Foto: Reprodução)
Policial passou por audiência de custódia no Fórum de Dourados (Foto: Reprodução)

O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados, converteu para preventiva a prisão em flagrante do cabo da Polícia Militar Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos. Acusado pelo assassinato de Julio Cesar Cerveira Filho, 43 anos, morto com um tiro no peito dentro de sala do cinema no shopping na segunda-feira (8), ele passou por audiência de custódia na tarde de hoje (10). 

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O magistrado também negou o pedido da defesa, para que o autuado prossiga custodiado no Comando de Polícia Militar Ambiental de Dourados, onde é lotado. Ele determinou que o comandante da unidade deve ser oficiado “para que proceda a imediata transferência do autuado para o Presídio Militar Estadual, em Campo Grande”, “tendo em vista que a unidade penal própria para custódia de presos militares, ainda que provisórios, é o Presídio Militar Estadual”.

Segundo o juiz, a prisão em flagrante do autuado foi homologada e convertida em preventiva para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal” em decisão anterior. "Quanto à subsistência da prisão, a decisão de f. 40-44 deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos, sendo a custódia cautelar do autuado necessária para garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal", decidiu.

Na audiência, o autuado não relatou abuso físico ou psicológico no momento da sua prisão em flagrante e mesmo durante seu interrogatório na fase policial, razão pela qual o magistrado considerou não haver providências a serem determinadas. 

Lotado na Polícia Militar de Dourados, Dijavan declarou em depoimento ao delegado Rodolfo Daltro que a arma utilizada no crime era uma herança do pai, bombeiro da reserva falecido há dois anos. A pistola Smith Wesson, calibre .40, não tem registro, conforme o boletim de ocorrência. 

Questionado pelo delegado Rodolfo Daltro sobre o motivo de portar uma arma sem registro, o policial lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental) de Dourados argumentou que a usava de vez em quando por ser leve e portátil. Policial há 15 anos, Dijavan justificou que a pistola disponibilizada pela PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), uma IMBEL MD7, “é extremamente pesada e grande”.


Comentários
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  • Alessandra Aparecida Costa Ferreira

    Alessandra Aparecida Costa Ferreira

    Acho a decisão do Juiz mais acertada , Campo Grande é um local neutro.
    E que Deus de a cada um ( testemunhas, advogados, juiz, etc...) sabedoria, discernimento para que seja feita a justiça, independente de classe social, profissão, família. A JUSTIÇA TEM QUE SER IGUAL PARA TODOS !!