Moradores do Caiman pedem regularização de casas

Cerca de 40 moradores do bairro Jardim Caiman, localizado nas imediações do monumento ao Colono, entrada de Dourados, pedem a regularização dos imóveis. Eles querem o apoio da Prefeitura para resolver impasse sobre a área onde vivem, ocupada há duas décadas.
Desde 2007 as famílias vivem em insegurança jurídica. A região começou a ganhar as primeiras casas no final da década de 1990 e de lá para cá o bairro cresceu muito. O problema atinge as ruas “D” e “E”. Pessoas que seriam ligadas ao proprietário da área, segundo as famílias, têm intimidado os moradores.
Grande parte de quem mora no local adquiriu a casa de terceiros por meio de compra, porém ninguém possui documentação de posse. Todos pagam água e energia normalmente, como qualquer bairro, com a diferença de não haver cobrança de IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
Nos últimos anos os moradores tentaram diálogo com o ex-prefeito Murilo Zauith e a atual prefeita Délia Razuk, sem sucesso. Nunca foram recebidos pelos gestores, somente por funcionários da administração municipal, que até então informaram que nada podem fazer.
Na segunda-feira, parte das pessoas que são ameaçadas de despejo foram até a Câmara Municipal. Com cartazes, pediram apoio aos 19 vereadores durante a sessão. Os parlamentares se mostraram solícitos e disseram que vão agendar uma reunião com a prefeita, na tentativa de buscar um entendimento.
Jussara Pereira diz que a sua casa é uma das maiores conquistas. Ela adquiriu de antigo morador e fala que não quer deixar o local. “Nós, vizinhos, somos unidos. É aqui que queremos ficar”, afirma.
A vizinha Maura Ribeiro está com obra em sua casa. Há oito anos no Caiman, também não pensa sair de lá. No início do ano a Prefeitura de Dourados anunciou a disponibilidade de recursos federais para fazer a drenagem e asfalto de parte do bairro. Todos ficaram animados.
No entanto, o impasse sobre a posse das casas preocupa a todos. Eles prometem voltar à Câmara Municipal para continuar a cobrar apoio dos vereadores e não descartam manifestos na Prefeitura.