Preso acusado de corrupção, vereador é processado pela prefeitura por dívida

Ferrenho defensor da prefeita Délia Razuk (PR) na Câmara Municipal até ser preso e afastado do cargo por suspeita de corrupção, o vereador Cirilo Ramão Ruis Cardoso (MDB) tem mais um problema para se preocupar na carceragem da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Processado pela prefeitura por causa de uma dívida de R$ 1,8 mil com o município, o parlamentar que tinha salário mensal de R$ 12.661,13 deverá ser intimado para quitar o débito no prazo de 5 dias, conforme determinação judicial expedida nesta segunda-feira (18).

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No final de janeiro, a Procuradoria do Município ingressou com ação de execução fiscal contra o parlamentar. Distribuído por sorteio à 7ª Vara Cível da comarca no dia 7 de fevereiro, o processo número 0801944-27.2019.8.12.0002 teve a petição inicial aceita hoje, em despacho proferido pelo juiz Emerson Ricardo Fernandes.

DÍVIDA NÃO PAGA

O magistrado determinou que Cirilo seja citado por seu representante legal, se for o caso, via postal (por AR), para, no prazo de cinco dias, pagar o débito exequendo ou garantir a execução. Há advertência de que o prazo para oferecimento de embargos é de 30 dias, contados do depósito, da juntada da prova da fiança bancária, ou da intimação da penhora. Além disso, forma fixados os honorários advocatícios em 10% do valor do débito, ficando reduzidos pela metade em caso de pronto pagamento no prazo acima citado.

A 94FM apurou que a Procuradoria do Município informou à Justiça que Cirilo Ramão deve R$ 1.888,91, cifra inscrita em Certidão de Dívida Ativa vencida e não paga, ensejando a cobrança compulsória via judicial. Embora tenha sido informado como endereço do devedor um imóvel na Rua Izzat Bussuan, no Jardim Guanabara, ele está na Penitenciária Estadual de Dourados desde a semana passada, após ser transferido do 1º Distrito Policial.

ALIADO DA PREFEITA

Eleito vereador pela primeira vez em 2016, com 1.461 votos e com nome de urna “Pastor Cirilo” pelo PTC, Cirilo Ramão Ruis Cardoso foi reeleito nas eleições municipais seguintes no mesmo partido e grupo de apoio ao candidato Renato Câmara (MDB). Embora tenha iniciado seu mandato como oposicionista ao governo Délia Razuk, não demorou a mudar de posição.

Durante a sessão ordinária do dia 28 de agosto de 2017, fez uso da tribuna da Casa de Leis para anunciar que passaria a acompanhar os votos dos colegas que integram o grupo governista. Desde então, atuou como ferrenho defensor dos projetos enviados pela Prefeitura de Dourados ao Legislativo. No dia 5 de dezembro de 2018, porém, foi preso na Operação Cifra Negra, desencadeada por Polícia Civil e MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra fraudes em licitações e pagamentos de propina na Câmara. (clique aqui para ler mais)