Audiência de Marçal para debater redução da maioridade penal reuniu mais de 150 pessoas

Debate ocorreu no auditório da faculdade Fip Magsul, em Ponta Porã

  • Assessoria

Ao lado do delegado da Polícia Civil de Ponta Porã, Edmilson Holler, do coronel Robson Josgrilbert, do vereador Carlos Bordão, representantes do administrativo municipal, professores e acadêmicos de Direito, o deputado Federal Marçal Filho (PMDB) esteve em Ponta Porã para debater a redução da maioridade penal no Brasil.

Mais de 150 pessoas lotaram o auditório da faculdade Fip Magsul, na sexta-feira (4). A audiência pública expôs as opiniões favoráveis e contrárias a medida, e levantou ainda a importância da realização de um plebiscito para que a população possa decidir diretamente sobre a questão.

A intenção é que a sociedade de forma geral conheça os dados e as diferentes posições sobre o tema. “Acontece no Congresso uma articulação para colocar em votação a proposta de realização de um plebiscito para que a população decida se menores de 18 anos devem responder como adultos por seus crimes. É importante que a população esteja preparada para decidir”, explicou Marçal.

A favor da redução da maioridade penal Holler explicou que hoje a sensação é de impunidade. “Sabemos que a alteração não solucionará todos os problemas mas, hoje o menor acha que nunca será punido.  Se com 16 anos pode votar, pode casar, é capaz de roubar e matar, tem que ser responsável como adulto por estes crimes também”, relatou.

Ainda em seu discurso, levantando a questão sobre as diferentes oportunidades nas classes sociais, defendeu: “se desigualdade social gerasse crime todos os pobres seriam criminosos, e essa não é a realidade”.

Para Marçal a ideia não é colocar adolescentes na cadeia, mas evitar que cheguem a este ponto. “São as leis que impõem limites à sociedade, precisamos dar segurança a população que se sente cada dia mais desamparada, esses adolescentes infratores precisam saber que haverá consequências, que não ficarão apenas 2 ou 3 anos presos, mas que cumprirão sanções penais equivalentes aos crimes cometidos”, declarou o parlamentar.

Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, tramitam 33 propostas de emenda constitucional que reduzem a idade para que uma pessoa possa responder criminalmente por seus atos. Entre as possíveis soluções apresentadas pelos deputados, estão a internação do menor por um período mais longo e a redução da maioridade penal para 17 e até para 14 anos, dependendo do crime.