Papa Francisco nomeia e Dourados anuncia novo bispo com proposta de renovação

Em entrevista coletiva, bispo emérito comenta sobre necessidade da renovação da igreja e sobre dissabor com governo em conflitos entre agricultores e índios

  • karina Veríssimo
Dom Redovino apresentou o nome do novo bispo que irá substituí-lo (Karina Veríssimo)
Dom Redovino apresentou o nome do novo bispo que irá substituí-lo (Karina Veríssimo)

Dom Redovino Rizzardo anunciou na manhã desta quarta-feira (21), na Igreja São Francisco, a fiéis, imprensa e religiosos o nome do novo bispo nomeado pelo Papa Francisco que irá substituí-lo e assumir a Diocese de Dourados. O sexto bispo, desde a data de criação da Diocese em Dourados, será Padre Henrique Aparecido de Lima, paranaense de 51 anos.

Ele é Superior Provincial da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos como “Redentoristas”, e deverá ser ordenado em meados de janeiro, após passar funções e estar preparado para vir a Dourados.

De acordo com Dom Redovino, o novo bispo terá um papel fundamental no processo de renovação da igreja e da fé. “É um momento importante para a igreja católica e, por isso, a gente sempre espera que haja uma renovação. Que ele venha com este espírito”, disse.

Ainda sobre Pe Henrique, o Dom Redovino comentou sobre sua personalidade e vontade em congregar a comunidade e raça afrodescendente. “Ele mesmo diz que pertence a uma raça sofrida e valente. Será a primeira vez em MS que terá um bispo sem ser europeu, ou seja, tem tudo para ser um momento admirável, respeitável e único”, declarou.

 

Divulgação
Pe Henrique Aparecido de Lima

Pe Henrique Aparecido de Lima

Nasceu no dia 28 de julho de 1964 na cidade de Assis Chateaubriand, no Paraná. É o mais velho de sete irmãos. Sentiu o chamado de Deus para se tornar religioso na Congregação Redentorista aos 17 anos, quando visitou o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Fez votos solenes em maio de 1999 e no dia 21 de novembro do mesmo ano foi ordenado sacerdote em Diadema/SP. Por feliz coincidência, sua primeira atividade pastoral foi na Paróquia São José, em Ponta Porã. Em MS, atuou ainda em Aquidauana e Campo Grande.

 

Conflitos territoriais / Crítica ao Governo

“É muito doloroso ficar 15 anos em Dourados e só ver aumentar as questões territoriais, a tensão e os conflitos entre agricultores e indígenas. É claro que isso depende muito mais da dona Dilma, do que de mim, mas dói ver a situação se agravar. E pior ainda é que parece que este nosso governo nãó tem interesse em resolver essa questão”.

Dom Redovino Riazzardo

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