'Hackers de juízes não vão interferir na missão', diz Moro ao apontar queda de índices criminais

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'Hackers de juízes não vão interferir na missão', diz Moro ao apontar queda de índices criminais (Foto: reprodução/Instagram/ Sergio Moro)
(Foto: reprodução/Instagram/ Sergio Moro)

O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro apresentou, na manhã desta terça-feira, um balanço de crimes cometidos no primeiro bimestre. Ao concluir que houve redução em casos de homicídios, estupros, roubos e furtos, o ex-antigo juiz daLava-Jato em Curitiba afirmou que hackers não vão interferir em sua missão no governo federal.

No último domingo, o site "The Intercept" divulgou conversas privadas que Moro teve com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol entre 2016 e 2017. Nas mensagens, o então juiz da Lava-Jato sugere a troca de ordem de operações, cita o nome de uma fonte que podia ser ouvida pelo MPF e conversa sobre a aprovação de requerimentos da acusação.

Moro e Deltan alegam que foram vítimas de um ataque criminoso de um hacker e negam que tenham combinado a atuação da Lava-Jato.

"Hackers de juízes, procuradores, jornalistas e talvez de parlamentares, bem como suas linhas auxiliares ou escândalos falsos não vão interferir na missão", escreveu o ministro em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), roubos de carga caíram 40,6% entre o primeiro bimestre de 2019 e o mesmo período do ano anterior. Roubos de carro caíram 28,3%. Houve redução de 23% nos casos de homicídio e de 7% nos registros de estupros.

Ao comentar os dados, Moro admitiu que "os números ainda são altos". Ponderou que "muitos fatores influenciam a queda, o mérito não é só do governo federal".

Segundo ele, a aprovação do pacote anticrime que enviou ao Congresso ajudaria ainda mais a aumentar a queda nos índices criminais. Mas o ministro disse respeitar a prioridade de tramitação da reforma da Previdência.





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